Padrões de indicação de hemodiálise e incidência de suas complicações na necrose tubular aguda pós-transplante renal

Abstract

Introdução: Não existem estudos até o momento avaliando a dose de diálise e tão pouco o momento mais adequado de sua indicação na necrose tubular aguda (NTA) após transplante renal. Também não existem estudos avaliando sua influencia no desfecho do enxerto. Métodos: O objetivo de nosso estudo foi avaliar pacientes no pós-transplante renal com NTA. Com relação às características clínicas e laboratoriais dos pacientes no momento de indicação da diálise. Avaliamos também as doses de diálise prescritas e atingidas e a relação desta dose com a perda de função renal, com a ocorrência de rejeição aguda e função renal após seis meses. Resultados: Foram realizadas 82 sessões de hemodiálise na fase de NTA pós¬transplante. A diálise foi iniciada tardiamente, quando os pacientes estavam cerca de três quilos acima do peso, com escórias elevadas. A dose prescrita para a primeira sessão foi adequada, porém as doses de diálise recebidas foram muito inferiores às prescritas e às esperadas para pacientes com IRC. Observamos que doses de diálise não se associaram com rejeição aguda, perda do enxerto e função renal. Conclusões: Na NT A pós-transplante, a diálise habitualmente prescrita tardiamente e em baixas doses. Não encontramos relação entre a dose de diálise e desfecho do enxerto renal.