Tese de doutorado
Aspectos morfológicos e imuno-histoquímicos de mamas de mulheres após a menopausa antes e depois de terapia estroprogestativa
Fecha
2004Registro en:
São Paulo: [s.n.], 2004. 104 p.
epm-20041118115255GARCIA.pdf
Autor
Elias, Simone [UNIFESP]
Institución
Resumen
Introdução: A estrogenioterapia isolada ou combinada aos progestagênios continua tema controverso e a maioria dos trabalhos evidencia uma associação com o risco de câncer de mama após seu uso por períodos maiores que cinco anos. No entanto, apesar dessa importante constatação pouco se sabe sobre os mecanismos pelos quais os hormônios atuam no epitélio mamário normal. Objetivo: Analisar o tecido mamário de mulheres antes e depois de seis meses de terapia estroprogestativa combinada contínua (0,625 mg de estrogênios conjugados eqüinos associados a 2,5 mg de acetato de medroxiprogesterona). Métodos: Todas as pacientes foram avaliadas antes de instituir o tratamento, e foram consideradas aptas para tal. O material foi obtido por meio de biópsia percutânea com agulha grossa acoplada a um propulsor automático, realizada no quadrante súpero-lateral esquerdo. Para o estudo morfológico, avaliaram-se a densidade epitelial e o volume nuclear nos corte corados por hematoxilina-ensina. A morfometria foi analisada graficamente com auxílio do programa IMAGELAB 2000, após captura da imagem microscópica pelo sistema VIDCAP 32. Por meio de reações imuno-histoquímicas, avaliaram-se a atividade proliferativa do epitélio com o anticorpo monoclonal Ki-67, a expressão dos receptores de estrogênio e de progesterona e, ainda, o estroma utilizando o anticorpo CD34, um marcador de angiogênese. Resultados: Após o uso da terapia estroprogestativa por 6 meses, houve aumento significativo do volume nuclear nas mulheres em que o tratamento foi instituído em período mais tardio da pós-menopausa. Não houve diferença na densidade epitelial, nos marcadores Ki-67 e CD34, nem tampouco nos receptores de estrogênio e de progesterona. Conclusões: A terapia estroprogestativa combinada contínua empregada por 6 meses induziu a alteração no volume nuclear das células epiteliais das mamas, sugerindo haver aumento de sua atividade metabólica. Provavelmente, esse evento precede outros que confirmariam o estímulo da proliferação celular por esses hormônios. Certamente, fatores como o tempo de exposição, o tipo de hormônio empregado, o momento da introdução do tratamento, o esquema usado e as características individuais interferem diretamente na resposta do epitélio e do estroina mamário à terapia hormonal.