| dc.description.abstract | Este é um trabalho de caráter introdutório e baseado em estudo bibliográfico, que tem por objetivo refletir sobre a aparição de Nossa Senhora Aparecida e seu processo de enegrecimento. Assim, assenta-se, primordialmente, na produção bibliográfica produzida por historiadores, religiosos, cronistas e jornalistas. A pesquisa textual foi realizada em portais de investigação acadêmica, bem como em sítios que trazem informações atualizadas sobre a padroeira do Brasil.
A pesquisa está estruturada em dois capítulos. O primeiro tem por objetivo traçar em linhas gerais um panorama da cidade de São Paulo no século XVIII. Neste período, a população era majoritariamente indígena. Os pretos e pardos correspondiam aproximadamente a 20% da população. Entretanto, é numa região adjacente a este espaço, Aparecida, localizada no Vale do Rio Paraíba, que ocorre a Aparição daquela que é a Padroeira do Brasil.
O segundo capítulo se propõe a analisar o discurso relativo ao evento da Aparição de Nossa Senhora Aparecida, analisando, entre outros pontos, o catolicismo colonial. Além disso, se propõe a refletir sobre os significados de uma virgem negra como padroeira de uma nação, marcada historicamente pelo racismo estrutural e pelo preconceito racial. Apresenta, ainda, a necessidade de se ressignificar o conceito de racismo.
Por fim, o cotejamento da produção religiosa e historiográfica abre novas frentes de estudo para compreensão do papel de Nossa Senhora da Conceição Aparecida na História do Brasil, bem como permite a reflexão sobre pontos fundamentais, como o racismo estrutural, para melhor compreender a formação histórica e religiosa brasileira do período colonial até os dias atuais. | |
