O romance O Último Homem (1826) de Mary Shelley: Entre sociedade, política e literatura no início do século XIX

Abstract

O presente trabalho de pesquisa aborda a partir de uma análise histórico-social e literária, o romance O Último Homem de autoria de Mary Wollstonecraft Shelley (1797-1851), publicado em 1826. O período de composição do livro dialoga com os acontecimentos sociais e políticos da Inglaterra e Europa no início do século XIX, envolvendo os questionamentos, conflitos e tensões da época. Considerando que a obra foi produzida durante o movimento artístico, literário e intelectual do Romantismo inglês, estabelecemos uma interligação entre as propostas desta escola literária com algumas questões do livro, para compreendermos as críticas suscitadas pela literata. Além disso, discutimos a abordagem da narrativa especulativa-apocalíptica construída no curso da narrativa como um dos indicativos da crítica direcionada aos caminhos sociopolíticos seguidos no curso da história vivida pela autora.

The present research work approaches, from a historical-social and literary analysis, the novel The Last Man by Mary Wollstonecraft Shelley (1797-1851), published in 1826. The period of composition of the book dialogues with the social and of England and Europe in the early 19th century, involving the questions, conflicts and tensions of the time. Considering that the work was produced during the artistic, literary and intellectual movement of English Romanticism, we establish an interconnection between the proposals of this literary school with some issues of the book, in order to understand the criticisms raised by the literati. In addition, we discuss the approach of the speculative-apocalyptic narrative built in the course of the narrative as one of the indicatives of the criticism directed to the sociopolitical paths followed in the course of the history lived by the author.