Instabilidade do ombro: correlacao entre o exame fisico sob anestesia e os achados cirurgicos

Abstract

Quarenta e oito pacientes, portadores de luxacao recidivante do ombro, foram examinados e submetidos ao exame ortopedico, ao exame do ombro lesionado sob anestesia e ao tratamento cirurgico da instabilidade glenoumeral. A idade media dos pacientes foi de 26 anos, sendo 36 do sexo masculino e 12 do sexo feminino. O objetivo deste trabalho foi relacionar os achados cirurgicos com os achados do exame sob anestesia do ombro lesionado. Os criterio de inclusao no grupo estudado foram o Sinal da apreensao positivo e a ausencia de lesoes do manguito rotador. O exame fisico sob anestesia constou da realizacao das manobras da gaveta anterior e posterior em abducao de 45, 60 e 90 graus, associadas as rotacoes externa e neutra. O autor considerou como instavel, o ombro que apresentava a luxacao ou a subluxacao durante o exame com o paciente anestesiado. Durante a realizacao do procedimento cirurgico, observou-se a presenca (29 ombros) ou ausencia (l9 ombros) de lesao de Bankart. Os resultados demonstraram que a lesao de Bankart apresentou maior incidencia nos ombros instaveis. Os ombros se mostraram mais instaveis nas posicoes de abducao de 60 e 90 graus associadas a rotacao neutra. Os autores concluiram que o ombro instavel, com ou sem lesao de Bankart, em rotacao neutra toma-se estavel em rotacao externa, independente do grau de abducao do ombro. Concluiram tambem que a posicao de abducao em 90 graus associada rotacao externa, que corresponde ao Sinal de apreensao, nao mostrou ser a posica em que o ombro luxa com maior frequencia durante o exame sob anestesia