dc.description.abstract | Objetivo: Avaliar a freqüência da assimetria facial, seu valor lateralizatório, achados clínicos associados e correlacionar com os achados da RM quantitativa das estruturas temporais em uma série homogênea de pacientes com EL T por EMT como etiologia única. Métodos: Cem pacientes consecutivos com EL T por EMT refratários ao tratamento clínico, candidatos à cirurgia de epilepsia, foram submetidos à avaliação pré-operatória na UNIPETE (Hospital São Paulo - UNIFESP/EPM) entre março de 2002 e fevereiro de 2005. Esta avaliação foi constituída por uma história clínica detalhada, exame neurológico, RM de encéfalo com volumetria dos hipocampos, amígdalas e pólos temporais, 2-6 dias de monitorização contínua por vídeo-EEG, avaliação neuropsicológica, psiquiátrica e psicossocial. Os pacientes foram submetidos à avaliação motora facial no repouso, na expressão voluntária e no riso espontâneo. Trinta indivíduos saudáveis, pareados por sexo e idade, foram utilizados como grupo controle. Resultados: Paresia facial (PF) central foi encontrada em 46 pacientes. Em 41/46 (89 por cento) pacientes, ela foi observada no repouso e nas expressões voluntária. e espontânea, caracterizando uma paresia motora facial verdadeira. Utilizando valor de corte de dois desvios-padrão da média dos controles, encontrou-se redução no volume do pólo temporal ipsilateral à EMT em 61 por cento dos pacientes com paresia facial e em 33 por cento dos pacientes sem este achado (p = 0,01). Crise febril como injúria precipitante inicial (IPI) foi observada em 34 por cento dos pacientes e foi classificada como complexa em 12/46 (26 por cento) dos pacientes com PF e em S/54 (9 por cento) dos pacientes sem PF (p = 0,02). A presença da PF também esteve significantemente associada com um período latente mais curto e menor idade de início de crises habituais, principalmente das crises secundariamente generalizadas. Conclusões: A PF demonstrou valor lateralizatório em EL T por EMT e esteve associada com história de crise febril complexa como IPI, menor idade de início das crises habituais e atrofia do pólo temporal ipsilateralmente à EMT, indicando uma lesão mais extensa. | |