Dissertação de mestrado
Tratamento da Síndrome das Pernas Inquietas/Doença de Willis-Ekbom com exercícios de alongamento: Ensaio clínico randomizado
Fecha
2021-12-16Registro en:
CASEMIRO, M.J. Tratamento da Síndrome das Pernas Inquietas/Doença de Willis-Ekbom com exercícios de alongamento: Ensaio clínico randomizado. São Paulo. 89 p. Dissertação (Mestrado em Medicina Translacional) - Escola Paulista de Medicina (EPM), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2021.
Autor
Casemiro, Marcelo José
Institución
Resumen
Introdução. A Síndrome das Pernas Inquietas/Doença de Willis-Ekbom (SPI/DWE) é um distúrbio neurológico, sensório-motor, caracterizado por uma sensação irresistível em movimentar as pernas, principalmente no repouso e inatividade física. Os sintomas pioram no final da tarde e início da noite, que podem ser aliviados com a movimentação das pernas. Os desconfortos são aliviados de imediato com atividades físicas, preferencialmente, ao andar e alongar.
Objetivo. Verificar se os exercícios de alongamento muscular são efetivos como estratégia terapêutica não farmacológica para redução dos sintomas de pacientes acometidos de SPI/DWE.
Método. Incluímos 53 pacientes com diagnóstico clínico de SPI/DWE, os quais foram divididos aleatoriamente em um grupo intervenção (alongamento estático para os membros inferiores) e grupo controle (alongamento dinâmico para coluna cervical). Os pacientes realizaram os exercícios diariamente em seus domicílios durante 12 semanas, após prévio treinamento com um dos pesquisadores. Utilizamos a Escala Internacional de Graduação da Síndrome das Pernas Inquietas (EIG-SPI) para avaliar o grau de comprometimento clínico no final do estudo. Comparamos as pontuações entre os grupos e antes e depois da intervenção.
Resultados. A média das pontuações da EIG-SPI no grupo intervenção ao final do tratamento foi de 17,75 ±7,94 e no grupo controle foi de 24,27±7,23, (p=0,005 ). O grupo que realizou alongamento de membros inferiores apresentou as seguintes pontuações antes e após a intervenção, respectivamente (23,03±6,60, 17,75±7,94, p=0,001) e o grupo controle as seguintes pontuações (27,69±6,29, 24,27±7,23, p=0,02).
Conclusão. Exercícios de alongamento promoveram redução de sintomas de SPI/DWE após 16 semanas, podendo ser um recurso terapêutico não farmacológico útil no tratamento de alguns pacientes. Background. Restless Legs Syndrome/Willis-Ekbom Disease (RLS/DWE) is a neurological, sensorimotor disorder characterized by an irresistible sensation of moving the legs, especially at rest, and physical inactivity. Symptoms worsen in the late afternoon and early evening, which can be relieved by moving the legs. Discomforts are immediately relieved with physical activities, preferably walking and stretching.
Objective. Checking if muscle stretching exercises are effective as a non-pharmacological therapeutic strategy to reduce the symptoms of RLS/DWE patients.
Method. We included 53 patients with a clinical diagnosis of RLS/DWE, who were randomly divided into an intervention group (static stretching for the lower limbs) and a control group (dynamic stretching for the cervical spine). The patients performed the exercises daily at their homes for 12 weeks, after previous training with one of the researchers. We used the International Restless Legs Syndrome Grading Scale (IRLSGS) to assess the degree of clinical impairment at the end of the study. We compared scores between groups before and after the intervention.
Results. The average of the IRLSGS scores in the intervention group at the end of treatment was 17.75 ± 7.94 and in the control group it was 24.27 ± 7.23 (p=0.005 ). The group that performed lower limb stretching had the following scores before and after the intervention, respectively (23.03±6.60, 17.75±7.94, p=0.001) and the control group the following scores (27,69±6.29, 24.27±7.23, p=0.02).
Conclusion. Stretching exercises reduced RLS/DWE symptoms after 16 weeks and could be a useful non-pharmacological therapeutic resource in the treatment of some patients.