Tese de doutorado
Revascularização da artéria ilíaca interna versus oclusão da artéria ilíaca interna no tratamento endovascular do aneurisma de artéria ilíaca
Fecha
2020-03-26Autor
Sousa, Luiz Henrique Dias Goncalves De [UNIFESP]
Institución
Resumen
Introduction: Endovascular aortic aneurysm repair is used to treat aorto-iliac and isolated iliac aneurysms in select patients, resulting in less morbidity and mortality than open repair, mainly in the first years of follow-up. Although this technique produces good results, anatomic issues (such as common iliac artery ectasia or an aneurysm that involves the iliac bifurcation) can make EVAR more complex and challenging and can lead to an inadequate distal seal zone for the stent-graft. Inadequate distal fixation in the common iliac arteries leads to a type Ib endoleak. To avoid this complication, one of the most commonly used techniques is the unilateral or bilateral internal iliac artery occlusion and the extension of the iliac limb stent-graft to the external iliac arteries with or without embolisation of internal iliac artery. However, this occlusion is not innocuous and is associated with ischaemic complications in pelvic territory such as buttock claudication, sexual dysfunction, ischaemic colitis, gluteal necrosis, and spinal cord injury. New endovascular devices and alternative techniques have been described to maintain pelvic perfusion and decrease complications, achieving revascularisation of the internal iliac arteries in patients not suitable for an adequate seal zone in the common iliac arteries such as iliac branch devices and sandwich techinique. This may also preserve the quality of life of the treated individuals and decrease other serious complication rates including spinal cord ischaemia, ischaemic colitis, and gluteal necrosis, thereby decreasing the morbidity and mortality of EVAR. Objectives: To assess the effects of internal iliac artery revascularisation versus internal iliac artery occlusion during endovascular repair of aorto‐iliac aneurysms and isolated iliac aneurysms involving the iliac bifurcation Search methods: The Cochrane Vascular Information Specialists searched the Specialised Register via the Cochrane Register of Studies (CRS-Web) (November, 2018), the Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL) via the Cochrane Register of Studies Online (CRSO) (November, 2018), MEDLINE (Ovid MEDLINE Epub Ahead of Print, In-Process & Other Non-Indexed Citations, Ovid MEDLINE Daily and Ovid MEDLINE) (from 1946 to November, 2018), Embase Ovid (from 1974 to November, 2018)), CINAHL EBSCO (Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature; from 1982 to November, 2018). The authors searched LILACS (Latin American and Caribbean Health Science Information database) and IBECS (Indice Bibliográfico Español de Ciencias de la Salud), both in lilacs.bvsalud.org/ (August, 2019). Main results: We identified no RCTs that met the inclusion criteria. Authors' conclusions: We found no RCTs that compared internal iliac artery revascularisation versus internal iliac artery occlusion for endovascular treatment of aorto-iliac aneurysms. Based on the current literature, the European and American’s guidelines recommend the revascularization of at least one internal iliac artery. High quality studies that evaluate the best strategy for managing the endovascular repair of aorto-iliac aneurysms with inadequate distal seal zones in common iliac artery are required. Introdução: O tratamento endovascular do aneurisma de Aorta e artérias ilíacas teve grande desenvolvimento nas últimas décadas e mostra uma menor morbimortalidade do que a cirurgia aberta, principalmente nos primeiros anos de acompanhamento. Embora a técnica endovascular produza bons resultados, problemas anatômicos como ectasia da artéria ilíaca comum ou um aneurisma que envolva a bifurcação das artérias ilíacas, podem tornar o EVAR mais complexo e desafiador devido ao selamento distal inadequado da endoprótese na artéria ilíaca comum e tem como consequência o endoleak do tipo Ib. Para evitar essa complicação, uma das técnicas mais comumente usadas é a oclusão da artéria ilíaca interna (unilateral ou bilateral) e a extensão do ramo ilíaco da endoprótese. para as artérias ilíacas externas com ou sem embolização da artéria ilíaca interna. No entanto, essa oclusão não é inócua e está associada a complicações isquêmicas no território pélvico como claudicação das nádegas, disfunção sexual, colite isquêmica, necrose glútea e isquemia medular. Novos dispositivos endovasculares e técnicas alternativas, como endopróteses com um ramo ilíaco lateral (iliac branch devices – IBD) e a técnica de sanduíche, foram descritas para manter a perfusão pélvica e diminuir as complicações em pacientes que não apresentam uma zona de selamento distal adequada para fixação da endoprótese nas artérias ilíacas comuns. A revascularização da artéria ilíaca interna tem o potencial benefício de preservar a qualidade de vida dos indivíduos tratados e diminuir taxas de complicações severas, incluindo isquemia medular, colite isquêmica e necrose glútea, diminuindo assim a morbimortalidade do EVAR. Objetivos: Realizar uma revisão sistemática para avaliar os efeitos da revascularização da artéria ilíaca interna versus oclusão da artéria ilíaca interna durante o tratamento endovascular de aneurismas aorto-ilíacos e aneurismas ilíacos isolados envolvendo a bifurcação das artérias ilíacas. Métodos de pesquisa: Os especialistas em informações vasculares da Cochrane pesquisaram o Registro Especializado através do Registro de Estudos Cochrane (CRS-Web) (setembro de 2019), o Registro Central de Ensaios Controlados da Cochrane (CENTRAL) através do Registro de Estudos Online da Cochrane (CRSO) (setembro de 2019), MEDLINE (Epid MEDLINE da Ovid antes da impressão, em processo e outras citações não indexadas, MEDLINE Daily e Ovid MEDLINE do Ovid) (de 1946 a setembro de 2019), Embase Ovid (de 1974 a setembro de 2019), CINAHL EBSCO (Índice Cumulativo de Literatura em Enfermagem e Saúde Aliada; de 1982 a setembro de 2019). Os autores pesquisaram o LILACS (banco de dados de informações em ciências da saúde da América Latina e do Caribe) e o IBECS (Índice Bibliográfico Espanhol de Ciências da Saúde), ambos em lilacs.bvsalud.org/ (agosto de 2019). Resultados principais: Não identificamos nenhum ECR que atendesse aos critérios de inclusão. Conclusão dos autores: Não foram encontrados ECRs que comparassem a revascularização da artéria ilíaca interna com a oclusão da artéria ilíaca interna para o tratamento endovascular de aneurismas aorto-ilíacos. Baseado na literatura atual, os guidelines Europeu e Americano orientam a revascularização de pelo menos uma artéria ilíaca interna. São necessários ECRs de alta qualidade que avaliem a melhor estratégia para o manejo do reparo endovascular de aneurismas aorto-ilíacos com zonas de selamento distal inadequado na artéria ilíaca comum.