Tese de doutorado
Receptores estrogênicos regulam a migração e a invasão das células de câncer prostático independentes de andrógenos Pc-3
Autor
Lombardi, Ana Paola Giometti [UNIFESP]
Institución
Resumen
Recent studies from our laboratory have shown the expression of estrogen
receptors ESR1 (ERα) and ESR2 (ERβ) in androgenindependent
prostate cancer cells
(PC3),
used as castrationresistant
prostate cancer models. Furthermore, estrogen plays
a role in PC3
cell proliferation through a novel pathway, involving ESR2mediated
activation of βcatenin.
It is important to emphasize that nonphosphorylated
βcatenin
associate with transcription factor TCF/LEF1
in the nucleus, and, together with coactivators,
is implicated in cell proliferation, migration, and invasion in several cancer
types. This study was performed to investigate the effects of estrogen receptors
activation and the proteins involved with intracellular signaling pathways, such as SRC,
PI3K, AKT and βcatenin,
on migration, invasion and colony formation of the androgenindependent
prostate cancer cells PC3.
It showed that:
1. The treatment of PC3
cells with 17βestradiol
(E2), ESR1selective
agonist PPT
and ESR2selective
agonist DPN induced a rapid increase in the phosphorylation state of
SRC. These effects were blocked by ESR2selective
antagonist (PHTPP), ESR1selective
antagonist (MPP) and selective inhibitor of the SRC family of protein tyrosine
kinases (PP2).
2. A diffuse immunostaining for nonphosphorylated
βcatenin
was detected in the
cytoplasm of PC3
cells. Low levels of nonphosphorylated
βcatenin
immunostaining
were also detected near the plasma membrane. Treatment of PC3
cells with DPN for 2
hour markedly increased nonphosphorylated
βcatenin
expression in cytoplasm, near
the plasma membrane and nuclei. These effects were blocked by pretreatment with PP2,
suggesting the involvement of SRC on βcatenin
expression induced by DPN.
3. Treatment with E2 and ESR2selective
agonists (DPN and ERB041)
caused an
enhancement on migration and invasion of PC3
cells. The pretreatment with ESR2selective
antagonist (PHTPP) decreased the effect of E2 and blunted the effect induced
by DPN on migration and invasion of PC3
cells, indicating that ESR2 is involved in these
processes. Previous study from our laboratory showed that ESR2selective
agonist DPN
increased ESR1 levels. In fact, treatment with ESR1selective
antagonist (MPP)
decreased 30% the migration and 25% the invasion of PC3
cells induced by DPN.
These results suggest that ESR1 also plays a role in the regulation of DPNESR2
effects.
On the other hand, ESR1selective
agonist (PPT) did not have any effect on cell
migration, but increased cell invasion (27%). The pretreatment with MPP blunted the
effect induced by PPT on cell invasion, indicating that ESR1 is also involved in this
process.
4. The upregulation induced by DPN on migration and invasion of PC3
cells was
blocked by pretreatment with PKF 118310,
a compound that disrupts the complex βcateninTCF/
LEF transcription factor, suggesting the involvement of ESR2βcatenin
on
migration and invasion of PC3
cells. The pretreatment with PPT did not have any effect
on cell migration, but increased cell invasion (27%). This effect was partially reduced
(59%) by PKF 118310,
suggesting also the involvement of ESR1βcatenin
on invasion
of PC3
cells.
5. The pretreatment with SRC inhibitor (PP2), PI3K inhibitor (Wortmannin), AKT
inhibitor (MK2206) and metalloproteases (MMPs) inhibitor (GM6001) blunted the effect
induced by DPN and reduced the effect induced by PPT on invasion of PC3
cells. VEGF
inhibitor (Bevacizumab) decreased the effect of both agonists DPN and PPT on invasion
of PC3
cells. Taken together, these results suggest the involvement of these estrogen
receptors and these intracellular proteins on invasion of PC3
cells. It is important to
emphasize the upregulation of VEGF expression by E2, DPN and PPT. This effect was
blunted by PKF 118310,
indicating the involvement of βcatenin.
6. To further analyze the tumorigenic potential of estrogen receptors in PC3
cells,
we performed the colony formation, anchorageindependent
growth assay. E2, PPT and
DPN increased the number and the size of colony formed by PC3
cells (rounds
spheroids strutures) compared with control (absence of agonists). Furthermore, E2, PPT
and DPN formed stellate or invasive structures. These effects were blocked by MPP and
PHTTP, indicating that ESR1 and ESR2 are upstream receptors regulating these
processes. The proteins involved in the intracellular signaling pathways of these
receptors, such as βcatenin,
SRC, PI3K and AKT also was involved the tumorigenic
potential of estrogen receptors in PC3
cells.
In summary, the activation of ESR2 (ERβ1 isoform) by the ESR2selective
agonist
(DPN) increases βcatenin
expression and induces migration, cell invasion and colony
formation. Activation of ESR1 by ESR1selective
agonist (PPT) also enhances βcatenin
expression, cell invasion, and colony formation. In addition to βcatenin
expression,
stimulation of ESR2 and ESR1 active SRC, PI3K, AKT, metalloproteinases and VEGF
and these proteins are also involved in cell invasion and colony formation of PC3
cells. It
is important to mention that the effects of ESR2 activation are predominant in these cells
when compared to the activation of ESR1. Future studies in animal, xenographic, and
large tissue models of prostate cancer patients could improve our understanding of the
role of ESR2 and ESR1 in this cancer. The identification of new signaling pathways is
important in the development of therapeutic targets for the treatment of CRPC.
Combining therapies targeting more than one pathway is the logical approach coming
from these new molecular evidences in order to obtain longer lasting clinical responses
and increase the survival of patients with prostate cancer. Estudos recentes do nosso laboratório mostraram a expressão dos receptores
estrogênicos ESR1 (ERα) e ESR2 (ERβ1) em células de câncer prostático
independentes de andrógenos (PC3),
usadas como modelo de câncer prostático
resistente à castração. O 17βestradiol,
nestas células, desempenha um papel na
proliferação por meio de uma nova via de sinalização, envolvendo a ativação de βcatenina
mediada pelo receptor estrogênico ESR2. É importante enfatizar que a βcatenina
não fosforilada associase
ao fator de transcrição TCF/LEF1
no núcleo e,
conjuntamente, com os coativadores,
está envolvida na proliferação, na migração e na
invasão celular em vários tipos de câncer. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar
os efeitos da ativação dos receptores estrogênicos e de proteínas envolvidas na
sinalização intracelular, como SRC, PI3K, AKT e βcatenina,
na migração, na invasão e
na formação de colônias em células de câncer prostático independentes de andrógenos
PC3.
Foi mostrado que:
1. 17βestradiol
(E2), agonista seletivo do ESR1 (PPT) e agonista seletivo do ESR2
(DPN) levaram ao rápido aumento no estado de fosforilação de SRC nas células PC3.
Esses efeitos foram bloqueados pelos antagonistas seletivos do ESR2 (PHTPP) e do
ESR1 (MPP) e pelo inibidor seletivo da família SRC tirosina quinase PP2.
2. Imunomarcação difusa para a βcatenina
não fosforilada foi detectada no
citoplasma das células PC3.
Níveis baixos de βcatenina
não fosforilada também foram
detectados próximo da membrana plasmática. O tratamento das células PC3
com DPN
por 2 horas aumentou marcadamente a expressão de βcatenina
não fosforilada no
citoplasma, próximo da membrana plasmática e no núcleo. Estes efeitos foram
bloqueados pelo prétratamento
com PP2, sugerindo o envolvimento de SRC na
expressão de βcatenina
estimulada pelo DPN.
3. E2 e agonistas seletivos do ESR2 (DPN e ERB041)
causaram um aumento na
migração e na invasão das células PC3.
O prétratamento
com o antagonista seletivo
do ESR2 (PHTPP) diminuiu o efeito estimulado pelo E2 e bloqueou o do DPN na
migração e na invasão das células PC3,
indicando que o ESR2 está envolvido nesses
processos. Estudo anterior do nosso laboratório mostrou que a incubação com DPN por
24 horas aumentou a expressão do ESR1. De fato, o tratamento com antagonista
seletivo do ESR1 (MPP) diminuiu em 30% a migração e em 25% a invasão das células
PC3
estimuladas pelo DPN. Estes resultados sugerem o envolvimento ESR1 nos efeitos
do DPNESR2.
Por outro lado, o agonista seletivo do ESR1 (PPT) não alterou a
migração celular, mas aumentou em 27% a invasão celular. O prétratamento
com MPP
bloqueou o efeito do PPT na invasão celular, indicando que a ativação direta do ESR1
também está envolvida nesse processo.
4. O aumento na migração e na invasão das células PC3
estimulado por DPN foi
bloqueado pelo prétratamento
com PKF 118310,
um disruptor específico do complexo
βcateninafator
de transcrição TCF/LEF, sugerindo o envolvimento da ESR2βcatenina
na migração e na invasão das células PC3.
O tratamento com PPT não alterou a
migração, mas aumentou a invasão celular (27%). Este efeito na invasão celular foi
parcialmente diminuído (59%) na presença do PKF 118310,
sugerindo também o
envolvimento do ESR1βcatenina
na invasão das células PC3.
5. Os prétratamentos
com inibidores de: SRC (PP2), PI3K (Wortmannin), AKT
(MK2206) e metaloproteinases (MMPs) (GM6001) bloquearam o efeito do DPN e
diminuíram o efeito do PPT na invasão das células PC3.
O inibidor de VEGF
(Bevacizumabe) diminuiu os efeitos de ambos os agonistas DPN e PPT na invasão das
células PC3,
sugerindo o envolvimento destes receptores estrogênicos e destas
proteínas intracelulares na invasão das células PC3.
É importante ainda mencionar o
aumento da expressão de VEGF por E2, DPN e PPT. Este efeito foi bloqueado pelo prétratamento
com o PKF118310,
indicando o envolvimento da βcatenina
na expressão do
VEGF nas células PC3.
6. Para analisar o potencial tumorigênico in vitro, foi realizado o cultivo das células
PC3
em agarose com meio contendo soro fetal bovino sem esteroides e realizadas as
análises do número e do tamanho das colônias após a ativação dos receptores
estrogênicos. E2, PPT e DPN aumentaram o número e o tamanho das colônias
formadas pelas células PC3
(esferóides) em comparação com o controle (ausência de
agonistas). Além disso, E2, PPT e DPN levaram a formação de estruturas estreladas e
fenótipo invasivo. Esses efeitos foram bloqueados pelo MPP e pelo PHTTP, indicando
que o ESR1 e o ESR2 estão envolvidos nesse processo. As proteínas envolvidas com a
sinalização intracelular destes receptores como βcatenina,
SRC, PI3K e AKT também
estão envolvidas no potencial tumorigênico.
Em conclusão, a ativação do ESR2 (isoforma ERβ1) pelo agonista seletivo DPN
aumenta a expressão βcatenina
e leva à migração, invasão celular e formação de
colônias. A ativação do ESR1 pelo agonista seletivo PPT também aumenta a expressão
da βcatenina,
invasão celular e formação de colônias. Além da alteração da expressão
de βcatenina,
a estimulação do ESR2 e do ESR1 ativa SRC, PI3K/AKT,
metaloproteinases e VEGF e estas proteínas estão também envolvidas na invasão
celular e na formação de colônias das células PC3.
É importante mencionar que os
efeitos da ativação do ESR2 são predominantes nestas células quando comparados aos
da ativação do ESR1. Futuros estudos em modelos animais, xenográficos e com um
grande número de tecidos de pacientes com câncer prostático poderiam melhorar nosso
entendimento da função do ESR2 e do ESR1 neste câncer. A identificação de novas
vias de sinalização tem importância no desenvolvimento de alvos terapêuticos para o
tratamento do CRPC. Combinação de terapias visando mais de uma via é a abordagem
lógica advinda dessas novas evidências moleculares, a fim de obter respostas clínicas
mais duradouras e aumentar a sobrevida de pacientes com câncer de próstata.
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