dc.description.abstract | Objetivos: Avaliar o impacto da gravidez na aderencia ao tratamento com medicamentos ARVs e identificar possiveis fatores associados com nao aderencia, entre mulheres infectadas pelo HIV. Metodo: coorte prospectivo no qual participaram 72 mulheres gravidas e 79 mulheres nao gravidas, atendidas em ambulatorios da UNIFESP/EPM. A aderencia foi medida por meio de contagem de comprimidos restantes nos frascos e entrevista, considerando o uso dos ARVs nos quatro dias que precederam a entrevista. Foram aderentes mulheres que apresentassem aderencia > ou = 95 por cento para todos os ARVs prescritos nas duas contagens. Resultados: nao foram encontradas diferencas significantes entre os grupos de mulheres gravidas e nao gravidas em relacao a escolaridade ate 8 anos (p=0,251), classe socio-economica (C,D,E) (p=0,863) e morar com parceiro e filhos (p=0,203). Foram significativas as diferencas para idade media (gravidas = 29,3 /variacao 16-4.2 anos, nao gravidas = 39,4/variacao 22 - 72 anos) (p<0,001), tempo de tratamento com ARV (< um ano/gravidas e 1 - 5 anos/nao gravidas - p<0,001), as gravidas tomavam outros medicamentos com maior frequencia (p<0,001), numero medio de ARV ate 6 (seis) comprimidos/capsulas/dia foi mais frequente (63,9 por cento X 13,9 por cento) para as gravidas (p<0,001), bem como o numero de doses de ARV ate duas/dia (88,9 por cento X 16,5 por cento) (p<0,001). Foram aderentes pela contagem 43,1 por cento gravidas, 17,7 por cento nao gravidas (p=0,001) e 20,6 por cento puerperas (p = 0,002). Ao se comparar as medias de aderencia tanto as gravidas (p=0,030) quanto as nao gravidas (p=0,010) referiram maior aderencia do que a encontrada pela contagem. Esquemas com IP e ITRNN nao apresentaram diferencas (p=0,741) quando comparadas mulheres aderentes e nao aderentes, gravidas e nao gravidas. Na analise regressao multivariada a idade > 29 anos (OR 3,584, IC 95 por cento 0,105 0,743, p=0,011), numero medio de comprimidos/capsulas/dia < 6 (OR 2,616, IC 95 por cento 1,094 - 6,257, p=0,031), ser atendida por medicos diferentes nas consultas (OR 3,448, IC 95 por cento 0,089 - 0,946, p= 0,040) e pertencer ao grupo de mulheres gravidas (OR 2,533, IC 95 por cento 1,001 - 6,406, p=0,050) foram os fatores relacionados com maior aderencia. Conclusao: Mulheres gravidas sao mais aderentes que nao gravidas e puerperas. Pertencer ao grupo das gravidas, idade mais elevada e menor numero de comp./cap./dia foram associados com aderencia. Uso de esquemas ARV com IP ou ITRNN nao apresentaram relacao com nao aderencia | |