Tese de doutorado
Estudo do tratamento medicamentoso intra-hospitalar do infarto agudo do miocárdio no período de 1987 a 1995
Fecha
1997Registro en:
São Paulo: [s.n.], 1997. 172 p.
epm-015065.pdf
Autor
Cirenza, Claudio [UNIFESP]
Institución
Resumen
O tratamento do infarto agudo do miocardio, a causa mais comum de morte em muitos paises industrializados, foi avaliado em inumeros ensaios clinicos nas ultimas decadas. No entanto, ha pouca demonstracao a respeito de quao consistentemente seus resultados estao sendo incorporados na pratica medica. Com o objetivo de avaliar em que extensao os conhecimentos extraidos da literatura estao sendo aplicados no cuidado rotineiro oferecido aos pacientes com infarto agudo do miocardio, na Unidade Coronaria do Hospital São Paulo - Escola Paulista de Medicina, bem como detecta a influencia da terapia medicamentosa sobre os indices de mortalidade, foram estudados todos os pacientes com este diagnostico, consecutivamente internados, no periodo de janeiro de 1987 a dezembro de 1995. Os resultados obtidos nesta analise demonstraram que tratamentos adequadamente avaliados, em estudos controlados que encontraram reducoes significativas na mortalidade do infarto, foram gradualmente incorporados na pratica clinica na Unidade Coronaria do Hospital São Paulo. Ja os medicamentos cujas evidencias de eficacia foram escassas, tiveram indicacoes progressivamente menores ao longo dos anos estudados. Pode-se inferir, ainda, que as modificacoes ocorridas no tratamento nos ultimos cinco anos de estudo podem ter influenciado no indice de reducao observado na mortalidade, ja que o risco estimado de morte foi menor nos pacientes que receberam, simultaneamente, trombolitico, aspirina e beta-bloqueador. No presente estudo observamos que o tratamento medicamentoso do infarto agudo do miocardio sofreu significativas modificacoes durante o periodo de observacao de nove anos. Apesar disso a terapia trombolitica foi subutilizada, embora progressivamente mais indicada durante o periodo de estudo, atingindo no ano de 1992 valores proximos aos apontados como ideais. Alem disso, os tromboliticos foram significativamente menos utilizados em pacientes com idade avancada (> 75 anos) e em infartos de maior gravidade clinica (classes III e IV de Killip)