dc.contributorNemi, Ana Lúcia Lana
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/1807359173634836
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/3238114239917472
dc.creatorLeichsenring, Igor Martins-Fontes
dc.date.accessioned2022-02-03T17:05:14Z
dc.date.available2022-02-03T17:05:14Z
dc.date.created2022-02-03T17:05:14Z
dc.date.issued2020-12-17
dc.identifierhttps://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/62639
dc.description.abstractEste trabalho se propõe a investigar a possibilidade do conto “A terceira margem do rio”, de Guimarães Rosa (1908-1967), ser uma releitura poética do ensaio “Sobre o conceito de história”, de Walter Benjamin (1892-1940). Este, para criticar a noção de progresso, usa a metáfora do rio, em que a classe operária alemã estaria imaginando flutuar “com a corrente (...) na qual ela supunha estar nadando”. A noção do tempo como um rio "continuum" na história é substituída, pelo alemão, por uma história "como montagem", em que a função do historiador seria a de captar o acontecimento histórico em seu "relampejo fugaz", por meio da memória. No conto de Rosa a "canoa" do pai, representando a história, também surge em lapsos na recordação do filho, fixada momentaneamente em sua resistência à continuidade do rio (tempo). A tradição e o progresso não estão, respectivamente, atrás (passado) e à frente (futuro) no fluxo do rio, como pensavam os “historicistas”, mas nas margens, delimitando cada “tempo-de-agora” efetivamente vivido, tal qual a imagem de pensamento criada por Benjamin. Passagens de outros contos dos livros “Primeiras estórias” e “Tutameia: terceiras estórias” também são analisadas sob a perspectiva da hipótese de diálogo entre as obras de ambos. Adicionalmente, é realizado um levantamento de autores que já realizaram aproximações entre eles por diversas temáticas.
dc.description.abstractEste trabajo se propone investigar la posibilidad de que el cuento “La tercera orilla del río”, de Guimarães Rosa (1908-1967), sea un recuento poético del ensayo “Sobre el concepto de historia”, de Walter Benjamín (1892-1940). Este último, para criticar la noción de progreso, echa mano de la metáfora del río, en la que la clase obrera alemana estaría imaginando flotar "con la corriente (...) en la que se supone estar nadando". La noción del tiempo como un río "continuo" en la historia es reemplazada, por la alemana, por un relato "como un ensamblaje", en el cual la función del historiador sería plasmar el hecho histórico en su "relámpago fugaz", a través de la memoria. En el cuento de Rosa, la "canoa" del padre, que representa el relato, también aparece en forma de traspié en la memoria del hijo, fijada momentáneamente en su resistencia a la continuidad del río (tiempo). La tradición y el progreso no están, respectivamente, detrás (pasado) y adelante (futuro) en el caudal del río, como pensaban los “historicistas”, sino en las orillas, delimitando cada “tiempo del ahora” efectivamente vivido, al igual que la imagen de pensamiento creada por Benjamín. Pasajes de otros cuentos presentes en los libros Primeras Historias: Cuentos, y Menudencia, también son analizados sob la perspectiva de la hipótesis de diálogos entre las obras de ambos. Asimismo, se realiza un examen de autores que ya han realizado acercamientos entre ellos por diferentes temáticas.
dc.description.abstractThis work deals with a possible interpretation of the tale “The third bank of the river”, by Guimarães Rosa (1908-1967) as a retelling of the essay “On the concept of history”, by Walter Benjamin (1892-1940). To criticize the notion of progress the latter resorts to the river metaphor in which the German labor class imagined to float, “along with the stream (…) where it was supposedly swimming”. The German author replaces the notion of time as a river “continuum” by history “as assemblage”, in which the function of the historian would be to capture in his memory the “brief flicker” of the historical event. In Rosa's tale, the father's "canoe", representing history, also arises in lapses of time in the son’s remembrance, momentarily fixed in his resistance to the continuum of the river stream (time). Tradition and progress are not, respectively, behind (past) and ahead (future) in the river stream,  as the “historicists” used to think, but at the margins, bounding every “just-now-time”, effectively lived, such as the thought image created by Benjamin. Segments of other stories from The third bank of the river and other stories, and Tutameia” are also analyzed from the perspective of the hypothesis of dialogue between the works of both. A survey is also carried of authors who have already attempted approximations between them resorting to different thematics.
dc.publisherUniversidade Federal de São Paulo
dc.rightsAcesso aberto
dc.subjectGuimarães Rosa
dc.subjectA terceira margem do rio
dc.subjectWalter Benjamin
dc.subjectSobre o conceito de história
dc.subjectLiteratura, história e ensino.
dc.titleHESTÓRIA: ESTÓRIA CONTANDO HISTÓRIA – A terceira margem do rio como uma releitura, por Guimarães Rosa, da teoria de história de Walter Benjamin
dc.typeDissertação de mestrado profissional


Este ítem pertenece a la siguiente institución