Trabalho de conclusão de curso de graduação
Transtorno dos sons da fala na idade escolar: persistentes ou residuais?
Fecha
2021-12Registro en:
SILVA, Ana Vitória Santos. Transtorno da produção dos sons da fala. São Paulo, 2021. 37 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fonoaudiologia) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2021.
Autor
Silva, Ana Vitória Santos [UNIFESP]
Institución
Resumen
Introdução: Transtorno dos sons da fala é um termo genérico relacionado a
qualquer dificuldade ou combinação de dificuldades com a percepção, produção
motora ou representação fonológica dos sons da fala. Não raramente, o transtorno
de fala se manifesta em idade escolar, período em que, de há muito, a criança
deveria ter conquistado a completude do sistema fonológico. Nesses casos o TSF
tem sido descrito e discutido, na literatura pertinente, como Transtorno dos sons da
fala residual ou persistente. Ele pode ser entendido como dificuldades no
desenvolvimento da fala que não desaparecem à medida que a criança cresce,
muitas vezes mantendo-se mesmo com intervenção terapêutica. Objetivo:
Identificar, analisar e sintetizar evidências científicas sobre as diferentes
nomenclaturas e características atribuídas ao Transtorno dos sons da fala quando
este se manifesta em crianças mais velhas. Metodologia: Este é um estudo de
Revisão Narrativa para o qual foram consultadas duas bases de dados: Pubmed e
Lilacs. Utilizaram-se descritores em Inglês e em Português. Foi adotado como
critério para busca dos textos, um limite retroativo de 10 anos (2011 - 2021). Na
pesquisa inicial nas duas bases de dados, com os filtros previamente citados,
levantaram-se 175 artigos. Seguindo os critérios de inclusão e exclusão definidos a
priori, resultaram 07 artigos relevantes que foram lidos na íntegra, analisados e
resumidos. Resultados: Quanto às nomenclaturas, 03 artigos utilizaram o termo
Persistente para classificar crianças cujas alterações de fala se mantêm após a
idade prevista para o domínio de todos os sons da língua materna. Três autores
empregaram o termo Residual e 01 autor utilizou as duas nomenclaturas.
Conclusão: Não há consenso em relação à nomenclatura dos transtornos dos sons
da fala e aos fatores relacionados à sua manifestação em crianças de 08/09 anos de
idade, ou ainda mais velhas. O transtorno presente em crianças mais velhas, foi
classificado como Persistente ou Residual, sem ter sido diferenciado nos textos
analisados.
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De uma forma geral, a maioria dos autores apresentou os termos
residual/persistente, como sinônimos. A principal diferença apontada por um dos
autores qualificou erros residuais como decorrentes de alterações fonológicas dos
sons da fala, que permanecem apesar de intervenções, e persistentes como erros
do tipo distorção. Introduction: Speech sound disorder is a generic term related to any difficulty or combination of difficulties with perception, motor production or phonological representation of speech sounds. It is not uncommon for speech disorder to manifest itself at school age, a period in which, long ago, the child should have conquered the completeness of the phonological system. In these cases, the TSF has been described and discussed in the pertinent literature as a residual or persistent speech sound disorder. It can be understood as difficulties in the development of speech that do not disappear as the child grows, often maintaining itself even with therapeutic intervention. Objective: To identify, analyze and synthesize scientific evidence on the different nomenclatures and characteristics attributed to Speech Sound Disorder when it manifests itself in older children. Methodology: This is a Narrative Review study for which two databases were consulted: Pubmed and Lilacs. Descriptors in English and Portuguese were used. A 10-year retroactive limit (2011 - 2021) was adopted as a criterion for searching the texts. In the initial search in the two databases, with the filters previously mentioned, 175 articles were collected. Following the inclusion and exclusion criteria defined a priori, there were 07 relevant articles that were read in full, analyzed and summarized. Results: As for the nomenclatures, 03 articles used the term Persistent to classify children whose speech alterations remain after the expected age for mastering all sounds in the mother tongue. Three authors used the term Residual and 01 author used both nomenclatures. Conclusion: there is no consensus regarding the nomenclature of speech sound disorders and the factors related to its manifestation in 9/8-year-old children, or even older. The speech sound disorder present in older children was classified as Persistent or Residual, without having been differentiated in the analyzed texts. In general, most authors used the terms residual/persistent as synonyms. The main difference pointed out by one of the authors qualified residual errors as resulting from phonological alterations in speech sounds, which remain despite interventions, and persist as distortion-type errors.