Tese de doutorado
Estudo prospectivo controlado, comparando fisioterapia e fisioterapia mais descompressão em pacientes com estenose do canal lombar sintomáticos
Fecha
2017-12-20Registro en:
Tese - versão final - Luiz Claudio Lacerda Rodrigues.pdf
Autor
Rodrigues, Luiz Claudio Lacerda [UNIFESP]
Institución
Resumen
The lumbar spinal canal stenosis was first described by Antoine Portal in 1803. However, the first association between changes in the diameter of the spinal canal and its relation to the clinical condition and the neurogenic claudication was made by Verbiest. In this study, we evaluated 63 patients with lumbar canal stenosis, of both genders and age between 50 and 75 years. Of all, 31 were submitted to surgery and physiotherapy and 32 only to physiotherapy. All of them passed through five analyzes, made by a blinded evaluator, and performed a twice weekly exercise program for three months. As an evaluation tool, we used the six-minute walk test; the Roland-Morris, SF-36 and Oswestry questionnaires; and a Likert scale. The mean age of the operated patients was 60.7 years and, among the non-operated, 60.2 years. In the gender division, 8 men and 23 women underwent surgery and 8 men and 24 women belonged to the control group. Systemic arterial hypertension was the chronic-degenerative disease with a higher incidence in the study patients. We observed that, except for Oswestry questionnaire, which evaluated functional capacity, and for the Likert scale, which presented statistically significant results, we did not find significant differences between the groups. The gait capacity did not change after the surgery. Their quality of life, when analyzed by SF-36, did not confer a statistically significant difference, but after one year of follow-up, the operated patients were more satisfied than the others. Isolated physiotherapy did not show improvement in the patients’ condition. We concluded that the surgery with physiotherapy or isolated physiotherapy does not modify, in a statistically significant way, the patient’s quality of life, nor do any of the therapies evaluated effectively improve the distance that they manage to wander. Operated patients have a statistically significant improvement perception in relation to the control group and also presented an improvement in overall functional capacity after surgery. In our study, the surgery proved to be safe, having observed no complication or need for reoperation in the intervention group. A estenose do canal vertebral lombar foi descrita pela primeira vez por Antoine Portal em 1803. Porém, a primeira associação entre as alterações do diâmetro do canal vertebral e sua relação com o quadro clínico e a claudicação neurogênica foi feita por Verbiest. Neste estudo, avaliamos 63 pacientes com estenose de canal lombar, sendo eles de ambos os gêneros e idade entre 50 e 75 anos. Do total, 31 foram submetidos à cirurgia mais fisioterapia e 32 a fisioterapia isolada. Todos passaram por cinco análises, feitas por um avaliador cego, e realizaram um programa de exercícios duas vezes semanais pelo período de três meses. Como instrumento de avaliação, utilizamos o teste de caminhada de seis minutos; os questionários Roland-Morris, SF-36 e Oswestry; além de uma escala Likert. A média de idade dos pacientes operados foi de 60,7 anos e dos não operados, de 60,2 anos. Na divisão por gêneros, 8 homens e 23 mulheres foram submetidos a cirurgia e 8 homens e 24 mulheres pertenceram ao grupo controle. A hipertensão arterial sistêmica foi a doença crônico-degenerativa de maior incidência nos pacientes do estudo. Observamos que, exceto pelo questionário Oswestry, que avalia a capacidade funcional, e pela escala Likert, que apresentaram resultados estatisticamente significativos, não encontramos diferenças significativas entre os grupos. A capacidade de marcha não mudou após a cirurgia. A qualidade de vida dos pacientes, quando analisada pelo SF-36, não mostrou diferença estatisticamente significativa, mas, após um ano de seguimento, os pacientes operados estavam mais satisfeitos que os demais. A fisioterapia isolada não mostrou melhora da condição dos pacientes. Concluímos que a cirurgia mais fisioterapia ou fisioterapia isolada não modifica de maneira estatisticamente significante a qualidade de vida dos pacientes, além de nenhuma das terapêuticas avaliadas melhorarem efetivamente a distância que o paciente consegue deambular. Os operados têm uma percepção de melhora estatisticamente significante em relação ao grupo controle e apresentam uma melhora da capacidade funcional global após a cirurgia. Em nosso estudo, a cirurgia se mostrou segura, não tendo observado nenhuma complicação, ou necessidade de reabordagem cirúrgica no grupo intervenção.