Dissertação de mestrado
Superioridade do ecocardiograma transesofágico com contraste em relação ao ecocardiograma transtorácico com contraste no diagnóstico da dilatação vascular pulmonar na Esquistossomose Hepatoesplênica.
Fecha
2019-05-30Registro en:
GOUVEA, Aparecida de. Superioridade do ecocardiograma transesofágico com contraste em relação ao ecocardiograma transtorácico com contraste no diagnóstico da dilatação vascular intrapulmonar na esquistossomose hepatoesplênica. 2019. 63f. Dissertação (Mestrado em Cardiologia) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019.
APARECIDA DE GOUVÊA -A.pdf
Autor
Gouvea, Aparecida De [UNIFESP]
Institución
Resumen
A síndrome hepatopulmonar (SHP), presente em pacientes cirróticos, é pouco estudada na esquistossomose hepatoesplênica (EHE) e inclui a ocorrência de dilatações vasculares intrapulmonares (DVPs). O ecocardiograma transesofágico com contraste de microbolhas (ETEc) é mais sensível que o ecocardiograma transtorácico com contraste de microbolhas (ETTc) na identificação de DVP na cirrose. Procuramos avaliar o desempenho do ETEc comparado ao ETTc na identificação de DVP para diagnóstico de SHP em pacientes com EHE. Estudamos 22 pacientes com EHE submetidos a ETEc e ETTc para pesquisa de DVP, além de exames laboratoriais. Os ETEc e ETTc foram realizados, empregando-se solução salina agitada, injetada em veia periférica. A visualização tardia das microbolhas em câmaras esquerdas indicava presença de DVP. Os resultados foram comparados entre os dois métodos pelos testes t de Student e qui-quadrado (significância p < 0,05). Todos os pacientes submeteram-se ao ETEc sem intercorrências. Excluíram-se três pacientes com forame oval patente (FOP) ao ETEc, restando 19 para análise. A DVP esteve presente ao ETEc em 13 pacientes (68%) e, ao ETTc (p < 0,01), em apenas seis pacientes (32%). Não houve diferenças significativas nos dados clínicos e laboratoriais entre os grupos com e sem DVP, incluindo a diferença alvéolo-arterial de oxigênio. O diagnóstico de SHP (presença de DVP com alterações gasométricas) ocorreu em cinco pacientes pelo ETEc e em apenas um destes pelo ETTc (p = 0,09). Concluímos que, em pacientes com EHE, o ETEc foi seguro e superior ao ETTc na detecção de DVP não identificada ao ETTc, permitindo adicionalmente excluir FOP.