Dissertação de mestrado
Estabelecimento de um modelo para estudo da diferenciação de queratinócitos a partir de células-tronco mesenquimais do sangue do cordão umbilical
Fecha
2013-03-27Registro en:
FORNAZIERO, Adriana Sassaron. Estabelecimento de um modelo para estudo da diferenciação de queratinócitos a partir de células-tronco mesenquimais do sangue do cordão umbilical. 2013. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2013.
2013-0068.pdf
Autor
Fornaziero, Adriana Sassaron [UNIFESP]
Institución
Resumen
A pele humana é um tecido epitelial estratificado constituído pela epiderme, derme, estruturas acessórias como glândulas e cabelo, além de uma camada de gordura subjacente à derme. As células da epiderme, os queratinócitos, renovam-se constantemente por meio de um processo bastante complexo que envolve tanto a proliferação quanto a diferenciação dessas células. Tendo em vista que algumas doenças que acometem a pele, tais como a psoríase, podem afetar esse processo, diferentes abordagens têm sido propostas para se estudar eventos moleculares envolvidos tanto na diferenciação normal dos queratinócitos quanto durante o desenvolvimento de patologias. Uma dessas abordagens consiste no uso de células-tronco (CT). Uma importante fonte de CT é o sangue do cordão umbilical humano (SCU) que tem sido explorado, tanto em pesquisas, quanto na área da medicina regenerativa. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial de diferenciação de células-tronco mesenquimais (CTM) do SCU em queratinócitos, por meio da detecção da atividade de proteases como a hK5, hK6 e hK7 e da avaliação da expressão de marcadores envolvidos nesse processo como a p63 e a citoqueratina 5 (CQ5). As amostras de sangue foram coletadas de cordões de recém-nascidos e as células mononucleares foram separadas por gradiente de densidade. Após o isolamento das CT, a caracterização como células-tronco mesenquimais (CTM) foi confirmada, considerando-se a aderência à placa de cultura, a forma fibroblastoide, a capacidade de diferenciação nos tecidos adipogênico, condrogênico e osteogênico in vitro, além da expressão de marcadores de superfície específicos tais como CD29 e CD105, mas não CD45. Para o estudo do potencial de diferenciação das CTM em queratinócitos, as mesmas foram cultivadas, por 21 dias, em L-DMEM contendo SFB (controle) ou KSFM, suplementado com fatores de crescimento. Os resultados mostraram o aumento da atividade do tipo de hK5, hK6 e hK7 nas fases mais tardias do cultivo (14 e 21 dias), bem como a expressão dos marcadores de diferenciação p63 e CQ5, o que indica que as CTM foram capazes de se (trans)diferenciar em queratinócitos. Além da terapia clínica, o desenvolvimento de protocolos de diferenciação de CTM em queratinócitos e a obtenção de culturas estáveis dessas células poderão fornecer ferramentas úteis para uma melhor compreensão da biologia da pele em condições normais e patológicas.