Trabalho Apresentado em Evento
Estado Novo Português e Estado Novo Brasileiro: afinidades e divergências nas relações com o patrimônio arquitetônico (décadas de 1930 e 1940)
Fecha
2013Registro en:
9788523210946
Anais do IV Encontro Internacional sobre a Preservação do Patrimônio Edificado Arquimemória
Autor
Cardoso, Luiz Antonio Fernandes
Santos, Joaquim Manuel Rodrigues dos
Cardoso, Luiz Antonio Fernandes
Santos, Joaquim Manuel Rodrigues dos
Institución
Resumen
Em 1926 deu-se em Portugal uma revolução protagonizada por militares; sete anos depois Oliveira Salazar
foi conduzido ao cargo de Presidente do Conselho de Ministros, no âmbito do regime ditatorial designado
como Estado Novo. Consolidado o poder, imediatamente foram criadas entidades nacionais de caráter
político, entre as quais o Secretariado de Propaganda Nacional, Turismo e Cultura Popular, que
desenvolveu a Política do Espírito que condicionou fortemente as opções patrimoniais no seio do regime. A
criação da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), em 1929, veio possibilitar o
desenvolvimento de uma política de intervenções patrimoniais por parte do Estado Novo. No Brasil vigorou
também um regime ditatorial com a denominação de Estado Novo, abrangendo o período em que Getúlio
Vargas governou ditatorialmente o país, de 1937 a 1945. Nesse período foram promovidas diversas
medidas, entre as quais várias relacionadas com a implementação de políticas de preservação dos bens
culturais. Em 1937 foi criado o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (atual IPHAN), órgão
federal incumbido de proteger o patrimônio cultural brasileiro. Pretende-se com a presente comunicação
analisar as políticas culturais promovidas ao longo destes regimes ditatoriais homônimos, português e
brasileiro do Estado Novo, e o modo como essas políticas se refletiram na ideologização do patrimônio
arquitetônico e, consequentemente, em muitas das intervenções restaurativas efetuadas. Recorrendo ao
estudo de casos e à análise de documentação pertinente, tentar-se-á descortinar afinidades e divergências
nas políticas patrimoniais entre os dois regimes, assim como encontrar outras relações que eventualmente
se tenham estabelecido entre ambos.