Artigo de Periódico
Apicum: transição entre solos de encostas e de manguezais
Fecha
2008-01-01Registro en:
UCHA, J. M. ; HADLICH, G. M. ; CELINO, J. J. . Apicum: transição entre solos de encostas e de manguezais. E.T.C. Educação, Tecnologia e Cultura, v. 5, p. 58-63, 2008.
2525-3859
n.5
Autor
Hadlich, Gisele Mara
Ucha, José Martin
Celino, Joil José
Institución
Resumen
Apicuns são áreas hipersalinas, adjacentes a manguezais, encontradas em diferentes regiões da costa brasileira. Um transecto foi amostrado em um apicum no
município de Jaguaripe (BA) com o objetivo de caracterizar esse ambiente pouco estudado cientificamente. As 14 amostras coletadas foram analisadas
segundo parâmetros físicos e químicos (granulometria, pH, M.O., salinidade). Os apicuns, predominantemente arenosos, formam-se em bordas de
manguezais a partir da erosão de encostas adjacentes, podendo recobrir o mangue e provocando sua morte. Horizontes de antigo solo de manguezal foram
encontrados em profundidade, abaixo do pacote sedimentar arenoso superficial que caracteriza o apicum. A fixação de vegetação no apicum é impedida pela
presença excessiva de sais que se acumulam na superfície devido à evaporação da água salina que alcança esses ambientes em períodos de marés elevadas. O
acúmulo de sais, variável ao longo do apicum, está relacionado à dinâmica hídrica local, associada às marés, à profundidade da rocha e ao aporte de água
pluvial no sistema. A inexistência de vegetação impossibilita definir todo o apicum como “solo”; entretanto, em áreas onde a salinidade é menor, sobretudo
devido a escoamento de águas pluviais, há a instalação de espécies halófitas sobre Neossolos quartzarênicos hidromórficos sódicos ou Neossolos
quartzarênicos sódicos.