Artigo de Periódico
Avaliação de parâmetros hematológicos e bioquímicos em cães póstransfundidos com sangue tipo AEC 1.1 positivo
Fecha
2015-09Registro en:
Rev. Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v. 14, n. 3, p. 372-379, set./dez. 2015
2236-5222
Autor
Santos, Suzana Cláudia Spínola dos
Nascimento, Roberto José Meyer
Costa, Maria de Fátima Dias
Institución
Resumen
Introdução: sangue tipificado e compatível são parâmetros importantes para uma transfusão sanguínea segura. Transfusão realizada
apenas após a prova de compatibilidade não garante igualdade de tipos sanguíneos entre receptor e doador, devido ao fato da não
evidência de aloanticorpos naturais nos cães contra os vários tipos sanguíneos. O tipo AEC (Antígeno Eritrocitário Canino) 1.1, por
ser o mais imunogênico, causando sensibilização em animais que não possuam esse tipo, apresenta relevância pós-transfusional.
Objetivo: o estudo objetivou avaliar o perfil hematológico e bioquímico dos animais receptores de sangue AEC 1.1 positivo, através
de hemograma, dosagem de proteínas plasmáticas totais e dosagens séricas de creatinina e gama-glutamiltransferase, e monitorar a
presença de aloanticorpos no período pós-transfusional através da prova de reação cruzada. Metodologia: cães com tipo sanguíneo
desconhecido foram submetidos à prova de reação cruzada e, a seguir, transfundidos com sangue AEC 1.1 positivo; prova de reação
cruzada e os testes laboratoriais foram avaliados nos dias 7, 14, 21 e 28 pós-transfusão. Resultados: no período avaliado, os animais
apresentaram índices normais de leucograma, plaquetas, proteínas plasmáticas totais, creatinina e gama-glutamiltransferase. A
média dos valores de eritrogramas estiveram abaixo da normalidade, enquanto as provas de reação cruzada apresentaram valores
progressivos a cada semana avaliada, evidenciando presença de aloanticorpos ou autoanticorpos em alguns receptores. Conclusão:
os parâmetros hematológicos e bioquímicos avaliados nos animais pós-transfundidos foram adequados independentemente do tipo
sanguíneo do receptor ter sido igual ou não ao do doador. E a produção de aloanticorpos observada em alguns cães não interferiu
em sua normalidade.