Artigo de Periódico
Hipertensão arterial na infância e adolescência – prevalência no Brasil e fatores associados: uma revisão
Fecha
2015-05Registro en:
Rev. Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v. 14, n. 2, p. 225-232, mai./ago. 2015.
2236-5222
v.14, n.2
Autor
Pinto, Sônia Lopes
Silva, Rita de Cássia Ribeiro
Pinto, Sônia Lopes
Silva, Rita de Cássia Ribeiro
Institución
Resumen
Introdução: a hipertensão arterial sistêmica é uma síndrome clínica multifatorial caracterizada pela elevação dos níveis tensionais,
podendo estar associada a diversas alterações fisiopatológicas. Objetivo: o objetivo do presente estudo é determinar a prevalência de
hipertensão arterial, além de contribuir com o conhecimento sobre os fatores associados desta na infância e adolescência. Metodologia:
as informações foram identificadas por meio de levantamento bibliográfico nas bases de dados LILACS e MEDLINE, livros técnicos e
publicações de organizações internacionais e nacionais de 2003 a 2013. Resultados: destaca-se, nesta revisão, o aumento da ocorrência
de hipertensão na infância e na adolescência nos últimas décadas. A prevalência observada em todo o Brasil variou de 2 a 44%. Entre
os fatores de exposição que explicam a ocorrência da hipertensão arterial, sobressai-se um leque de fatores demográficos, ambientais
e genéticos. Os fatores ambientais são representados pelo estilo de vida, especialmente alimentação inadequada, inatividade física,
além do uso abusivo do álcool e da prática do tabagismo. Estudos mostram que esses hábitos comportamentais correlacionam com
excesso de peso, um dos principais preditores da hipertensão arterial. Conclusão: observou-se prevalência de hipertensão variando
de 2,5% e 44,7% nos últimos dez anos e entre os fatores associados, o excesso de peso, é o fator mais importante relacionado com
o desenvolvimento de pressão sanguínea elevada. Com relação aos outros fatores, são necessários mais estudos, especialmente em
relação aos hábitos alimentares. Assim, ações voltadas para a promoção de estilo de vida saudável poderiam ser mais eficazes para
a prevenção e o controle da hipertensão, especialmente nesta fase da vida.