Artigo de Periódico
Alterações antropométricas em crianças com doença falciforme
Fecha
2014-09Registro en:
Rev. Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v. 13, n. 3 – especial, p. 393-397, set./dez. 2014.
2236-5222
v.13, n.3
Autor
Nogueira, Zeni Drubi
Mendes, Carlos Maurício Cardeal
Boa-Sorte, Ney Cristian Amaral
Boa Sorte, Tatiana Regia Suzana Amorim
Leite, Maria Efigênia de Queiroz
Institución
Resumen
Introdução: Anormalidades antropométricas são observadas em crianças com doença falciforme antes dos dois anos de vida, tendo
como principais fatores relacionados o gasto energético em repouso elevado, a maior frequência de internações e a reduzida ingestão
energética e de micronutrientes. Objetivo: Revisar os principais mecanismos envolvidos no déficit antropométrico de crianças com
doença falciforme. Discussão: A doença falciforme apresenta alterações multissitêmicas e heterogêneas, sendo as crises álgicas
ocasionadas pela vaso-oclusão, a hemólise crônica e a maior susceptibilidade às infecções os eventos clínicos mais relacionados. Esse
conjunto de fatores contribui para que essas crianças apresentem maior gasto energético em repouso e ingestão calórica reduzida,
mesmo em períodos assintomáticos, resultando em desbalanço energético, déficits antropométricos e alterações na composição
corporal, influenciados pelo genótipo, persistência de hemoglobina fetal elevada, acesso à assistência médica, cuidados pessoais,
hidratação, alimentação, condição socioeconômica, entre outros. Conclusão: Apesar das limitações metodológicas de muitos
estudos que medem o gasto energético e ingestão calórica de crianças com doença falciforme, todos concordam que essas crianças
apresentam, com maior frequência, déficits antropométricos, especialmente quando presente a homozigose para a hemoglobina
S, a anemia falciforme. A fisiopatologia da doença falciforme indica um aumento do gasto energético devido à hemólise crônica,
aumento da taxa cardíaca e maior incidência de infecções.