Trabalho de Conclusão de Curso
Associação entre os transtornos depressivo e de ansiedade e a evolução de pacientes indicados ao transplante hepático em centro de referência de Salvador, Bahia, Brasil
Fecha
2016-10-06Autor
Teles, Maria Isabel Ribeiro Oliveira
Institución
Resumen
O transplante hepático trouxe inúmeros avanços clínicos, como a melhoria da qualidade de vida e a longevidade dos pacientes hepatopatas crônicos. Entretanto, pacientes diagnosticados com transtorno de ansiedade e com sintomas depressivos possuem riscos de complicações pós-transplante. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a associação entre o transtorno de ansiedade e sintomas depressivos e a evolução clínica de pacientes indicados ou submetidos ao transplante hepático. Métodos: Estudo de coorte prospectivo e retrospectivo, que incluiu 202 indivíduos em lista de espera, do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (Complexo - HUPES). Foram utilizados os questionários representados pela Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD – anexo IV), o MiniInternational Neuropsychiatric Interview Brasilian Version 5.0.0 (M.I.N.I. PLUS) (Amorim, 2000) para o diagnóstico psiquiátrico, o questionário prétransplante com dados sócio-demográficos e clínicos, e o questionário pós-transplante (anexo I) preenchido após revisão de prontuários. Resultados: Do total da amostra, 29 pacientes (14%) tinham sintomas depressivos e 26 pessoas (13%) tiveram o diagnóstico de transtorno de ansiedade. A cirrose hepática representou o diagnóstico clinico inicial majoritário com 60% dos casos, enquanto a etiologia da doença hepática mais prevalente em termos absolutos foi a hepatite por vírus C com 94 casos (46,5%). Vinte e dois e meio por cento dos óbitos e 50% das rejeições agudas pertenceram a pacientes com transtorno de ansiedade ou com sintomas depressivos. Nenhum paciente com tais desordens desenvolveu reinfecção viral. Conclusão: Embora não tenha sido possível estabelecer inferência estatística conclusiva que mostrasse maior prevalência de desfechos negativos entre os pacientes com transtorno de ansiedade e sintomas depressivos, o impacto na evolução clínica é indiscutível e merece atenção