Dissertação
Padronização do teste cutâneo de leishmanina em cães e sua associação com variáveis clínicas e laboratoriais
Fecha
2016-08-22Autor
Leite, Juliano César Santos
Institución
Resumen
O diagnóstico da leishmaniose visceral canina é dado pelo quadro
clínico e por testes laboratoriais, sorológicos e parasitológicos. Entretanto, o reconhecimento
de infecção dissociada de doença é mais difícil. Nesses casos, a reação em cadeia da polimerase
(PCR) e o teste cutâneo da leishmanina (TCL) têm sido usados como indicadores de infecção.
Adicionalmente o TCL tem sido utilizado como um marcador de resistência ao
desenvolvimento de leishmaniose visceral. Não há, porém, padronização na aplicação ou
interpretação dos resultados desse teste em cães. Este é um estudo derivado de um trabalho
experimental, que objetivou definir os parâmetros para aplicação e interpretação adequada do
TCL em cães no que diz respeito à concentração do antígeno, local da injeção e tempo ideal
para leitura do resultado, associando os resultados a variáveis clínicas e laboratoriais. Para tal,
foram coletados os dados de 395 cães de Jequié-BA, área endêmica de leishmaniose visceral,
entre os anos de 1997 e 2008. Foram excluídos todos os animais que não realizaram teste
cutâneo, assim como os que morreram ou fugiram antes de serem avaliados, restando uma
população final de 280 animais. Buscamos os registros das áreas de induração do TCL, dados
clínicos e resultados de cultura, sorologia, PCR hemograma, e exames de bioquímica sérica.
Após análises, foi demonstrado que os melhores parâmetros para realização do TCL são 250
µg de antígeno e leitura da reação 48 horas após aplicação do antígeno. Foram obtidos
resultados similares quando o a injeção se deu em áreas de pele espessa e pele fina. TCL
positivo mostrou-se associado a menores frequências de soropositividade, emagrecimento e
úlceras de pele e a maiores níveis de eritrócitos.