Artigo de Periódico
Câncer gástrico avançado: acurácia da biópsia endoscópica
Fecha
2013-09Registro en:
Rev. Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v.12, n.3, p.299-305, set./dez. 2013.
2236-5222
v.12, n.3
Autor
Souza, Benilton Batista de
Araújo, Nayana Camurça de
Yamanaka, Ademar
Souza, Benilton Batista de
Araújo, Nayana Camurça de
Yamanaka, Ademar
Institución
Resumen
Introdução: a Endoscopia Digestiva Alta (EDA) com realização de biópsias é o método de escolha para o diagnóstico do câncer gástrico
avançado (CGA). Entretanto, em alguns casos apesar do aspecto endoscópico característico, não há a confirmação histológica de
malignidade. Objetivo: avaliar a acurácia da biópsia endoscópica em pacientes com CGA. Metodologia: estudo retrospectivo dos
pacientes com CGA submetidos à EDA no Gastrocentro-Unicamp, no período de janeiro/2010 a dezembro/ 2011. Resultados: foram
avaliados 137 pacientes (91 homens, idade média: 63,3±14). O aspecto endoscópico mais frequente foi o de Bormann III (49%). Demais
casos: Bormann I (12%), II (8%) e IV (30%). Em 16% dos pacientes (n=22), os fragmentos obtidos no primeiro exame endoscópico foram
negativos para malignidade (grupo BxN). Não houve diferença deste grupo com o grupo biópsia positiva (BxP) em relação à idade,
sexo e número de fragmentos (BxN: 7,4±3,5/ BxP: 6,7±3,5, p=0,3). Dos 22 pacientes com BxN, 12 (54%) foram classificados como
Bormann IV. As biópsias foram repetidas em 10 casos, com diagnóstico histológico em nove (cinco deles classificados como anel de
sinete). Conclusão: em nosso serviço, aproximadamente 16% dos pacientes com CGA tiveram biópsias negativas para malignidade na
avaliação endoscópica inicial. Este fato pode estar relacionado com o tipo de lesão (Bormann IV) e o grau de diferenciação tumoral.
A reavaliação endoscópica com biópsias auxilia na definição histológica nestes casos.