Artigo de Periódico
Determinação dos níveis de malonaldeído e nitrito em indivíduos portadores de traço falciforme
Fecha
2013-01Registro en:
Rev. Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v.12, n.1, p.65-69, jan./abr. 2013.
2236-5222
v.12, n.1
Autor
Nascimento, Jouse Lima do
Freitas, Rivelilson Mendes de
Pires, Lúcio Fernandes
Gonçalves, Romélia Pinheiro
Institución
Resumen
Introdução: Pacientes com traço falciforme são frequentemente expostos a estresse oxidativo devido ao aumento da produção de
espécies reativas derivadas do oxigênio. A doença também pode ser caracterizada pelo aumento dos níveis plasmáticos de produtos
da peroxidação lipídica e do consumo de óxido nítrico. Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi delinear o perfil epidemiológico e
comparar as alterações plasmáticas dos parâmetros oxidativos (nitrito e malonaldeído (MDA)) entre portadores do traço falciforme e
pacientes com perfil de hemoglobina normal. Metodologia: Foram colhidas 70 amostras, sendo 50 de portadores do traço falciforme
(Grupo Hb AS) e 20 do grupo controle (Grupo Hb AA). Para a confirmação do diagnóstico laboratorial, as amostras de sangue foram
submetidas ao procedimento eletroforético em pH alcalino e ao teste de solubilidade. O método empregado para determinar a
peroxidação lipídica foi baseado na sua reação com ácido tiobarbitúrico e para mensurar o conteúdo de nitrito foi usado o método
de GREEN. Resultados: O grupo Hb AS (0,24 ± 0,02) apresentou valor médio dos níveis séricos de MDA semelhante ao grupo Hb AA
(0,20 ± 0,02; p=0,3138). Em relação aos níveis séricos de nitrito, verificou-se um aumento de 92% no grupo Hb AS (4,6 ± 0,33) quando
comparado ao grupo Hb AA (2,4 ± 0,22; p<0,0009). Conclusão: Em suma, o perfil desses portadores do traço falciforme atendidos
é de mulheres jovens, com baixa escolaridade, casadas e que não exercem atividade remunerada. Considerando os parâmetros
oxidativos, os pacientes com traço falciforme apresentam níveis mais elevados de nitrito plasmático.