Artigo de Periódico
O envolvimento da articulação temporomandibular na artrite reumatóide
Fecha
2011-09Registro en:
R. Ci. med. biol., Salvador, v.10, n.3, p.310-316, set./dez. 2011.
2236-5222
v.10, n. 3
Autor
Guanaes Gomes Torres, Marianna
Flores Campos, Paulo Sérgio
Meyer Nascimento, Roberto José
Institución
Resumen
Artrite reumatóide é uma doença sistêmica, presumidamente, auto-imune, caracterizada por uma inflamação crônica e
hiperplasia sinovial que, usualmente, afeta múltiplas articulações, juntamente, com manifestações sistêmicas, estando
associada a uma ampla variedade de condições, desde uma doença limitante temporária a uma alteração crônica progressiva.
Apesar de envolver mais, frequentemente, as articulações periféricas, qualquer uma pode ser afetada. Sendo uma articulação
sinovial, a articulação temporomandibular está sujeita a artrite reumatóide, apesar de, raramente, ser a primeira afetada. As
manifestações e o curso da artrite reumatóide na articulação temporomandibular são, geralmente, mais leves do que em
outras articulações, mas estão, intrinsecamente, ligados à gravidade da doença. São sinais e sintomas de implicações da
artrite reumatóide na articulação temporomandibular: dor, inchaço, rigidez matinal, fraqueza dos músculos mastigatórios
com diminuição da força de mordida, ruídos articulares e função articular limitada. Em casos mais severos, em pacientes com
a doença progressiva, quando o suporte condilar é perdido, a mordida aberta anterior e a retrognatia podem ocorrer, afetando
o tamanho e a função das vias aéreas superiores, principalmente, quando o indivíduo encontra-se deitado. Uma vez que a
progressão da artrite reumatóide pode provocar graves sequelas e incapacidades, o diagnóstico precoce e o tratamento
imediato são fundamentais para controlar a atividade da doença.