Trabalho de Conclusão de Curso
Educação Médica e Arte: Profissionalismo discutido através de pinturas – percepção discente
Fecha
2016-10-18Autor
Teixeira, Renatha Araújo Tunes
Institución
Resumen
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para graduação em medicina, publicadas em
2014, preconizam que o graduado esteja apto a oferecer uma assistência humanizada. Desta forma,
espera-se que as escolas médicas incluam o ensino de humanidades no currículo. Na literatura, são
descritas algumas experiências bem sucedidas acerca do ensino de humanidades no curso médico
através da arte. A apreciação de obras de arte tem sido utilizada com o objetivo de desenvolver a
observação reflexiva, o pensamento crítico, e mobilizar sentimentos e emoções, favorecendo o
desenvolvimento da empatia e a tolerância em relação à ambigüidade. Diante do exposto, o curso de
semiologia médica da Faculdade de Medicina da Bahia – Universidade Federal da Bahia (FMB-
UFBA), se propôs a utilizar a técnica de observação reflexiva para discutir o tema
“Profissionalismo”. O presente estudo tem por objetivo avaliar a percepção discente em relação ao
uso da técnica. A amostra foi constituída por instrumentos padronizados de avaliação da técnica de
discussão temática a partir de observação reflexiva de obras de arte, contendo nove assertivas, em
uma escala de Likert, e duas questões abertas, preenchidos por alunos do curso de semiologia
médica. 72,72% dos estudantes do componente curricular MED B16 (64 alunos do total de 88)
preencheram os instrumentos de forma anônima e voluntária. Destes, 44,83% eram do sexo
masculino e 55,17% do sexo feminino. A faixa etária dos alunos variou de 18 a 35 anos, estando
53,45% deles entre 20 e 25 anos. 88% considerou a atividade proveitosa, com 80% afirmando querer
que a técnica seja aplicada para a discussão de outros temas. 93% dos alunos aprovaram a escolha
das obras, mas 9% achou o tempo de exibição das mesmas inadequado. 84% atestaram que a
atividade permite um protagonismo discente na construção do conhecimento, 94% considerou a
contribuição da opinião dos colegas na formação do seu conhecimento, com 74% dizendo que a
opinião alheia não alterou o seu pensamento inicial. 9% criticou a condução do docente durante a
discussão e 84% admitiu que a atividade foi capaz de mobilizar sentimentos e emoções.