Artigo de Periódico
PERCEPÇÕES SOBRE O RECÔNCAVO DA BAÍA DE TODOS-OS-SANTOS E SUAS IDENTIDADES MICRORREGIONAIS.
Fecha
2016-03Autor
Brito, Ronan Rebouças Caires de
Brito, Ronan Rebouças Caires de
Institución
Resumen
Neste artigo, o que está em jogo é a minha percepção direta, uma abordagem fenomenológica, na qual não importam os números nem as estatísticas, nem tampouco os planos e projetos que incidem ou fazem parte dos planejamentos futuros para a área da Baía de Todos-os-Santos. As conjunturas políticas regionais ficaram fora do escopo desse estudo. Começo a narrativa pela própria costa oeste de Salvador, aquela voltada para o poente, que de tanto os arquitetos, urbanistas e sociólogos chamarem de Subúrbio Ferroviário, cristalizou-se essa denominação perversa que significa uma sub-urbis, uma cidade menor, inferior. A Avenida Afrânio Peixoto é mais conhecida por Avenida Suburbana. Mas felizmente, a subjetividade dos moradores dessa área está blindada, e quando perguntados onde moram, dizem, Coutos Escada, Plataforma, Periperi etc. e nunca nos subúrbios. Prefiro chamar essas zonas de periferias, levando em conta mais uma conotação geográfica do que sócio urbana. A orla interna de Salvador fica aqui chamada de Cidade Baixa, desde o Comércio até São Tomé de Paripe. Começo com essa zona por ser a mais contígua às águas da Baía de Todos-os-Santos. Salvador se dilui em qualidade urbana na medida em que se desloca para o norte pela sua orla interna.