Trabalho de Conclusão de Curso
Associação entre aumento da pressão intraocular e corticoterapia inalatória em asmáticos
Fecha
2016-01-15Autor
Barbosa, Claudia Luana Oliveira
Barbosa, Claudia Luana Oliveira
Institución
Resumen
Os corticoides inalatórios são os medicamentos de primeira escolha para o tratamento da asma,
devido à sua ação anti-inflamatória e eficácia no controle da doença, cujo principal processo
patogênico é a inflamação. Os efeitos adversos dos corticoides inalatórios podem ser sistêmicos
ou localizados. A literatura tem sugerido associação entre a corticoterapia sistêmica/inalatória
e a predisposição ao quadro de hipertensão ocular ou ao desenvolvimento de glaucoma
secundário ao uso de corticosteroide. O glaucoma é uma das principais causas cegueira
irreverível no mundo e, portanto, é relevante a pesquisa dos desfechos dessa associação.
Objetivo: descrever a associação entre glaucoma e corticoterapia inalatória em portadores de
asma. Metodologia: essa revisão sistemática definiu como base de dados os artigos publicados
no PubMed, SCIELO, LILACS e Periódicos Capes, por meio das palavras chaves “asthma”,
“glaucoma”, “inhaled corticosteroids”, “fluticasone” e “human”. Alguns critérios de inclusão
são o uso de corticoide inalatório e/ou nasal durante o tempo mínimo de 2 meses e avaliação
oftalmológica direcionada ao aumento de pressão intraocular, com exame clínico e exames
oftalmológicos, pelo menos medida da pressão intraocular da espessura corneana. Resultados.
após a leitura de todos os 72 artigos pré-selecionados, só 5 estudos preencheram os critérios de
inclusão. As características gerais dos pacientes estudados foram bastante variadas (e.g.,
crianças, adultos e idosos); bem como os tipos de corticoides inalatórios utilizados (e.g.,
dipropionato de beclametasona, budesonida, triamcinolona, proprionato de fluticasona e
mometasona). Nos estudos foram avaliados um total de 5.307 pacientes. Conclusão: apesar da
limitação deste estudo, devida ao reduzido número de artigos selecionados e a heterogeneidade
metodológica dos mesmos, a análise dos cinco estudos mostra que, independente da dosagem
e do tipo de corticoide inalatório utilizado, a pressão intraocular não apresentou variação
suficiente para desencadear hipertensão intraocular ou o glaucoma de ângulo aberto secundário
ao uso de corticosteroide.