Trabalho de Conclusão de Curso
Potencial de malignidade dos pólipos endometriais em mulheres na pós-menopausa em centro de referência de oncologia do estado da Bahia, Brasil
Autor
Braz, Monique Brito
Braz, Monique Brito
Institución
Resumen
POTENCIAL DE MALIGNIDADE DOS PÓLIPOS ENDOMETRIAIS EM MULHERES
NA PÓS-MENOPAUSA EM CENTRO DE REFERÊNCIA DE ONCOLOGIA DO
ESTADO DA BAHIA, BRASIL. Introdução: Os pólipos endometriais são neoformações
da camada basal do endométrio e resultam de uma hiperplasia focal. Estima-se que
sua prevalência esteja em torno de 25 a 30 % na população feminina, sendo maior nas
mulheres pósmenopausadas. Método: Estudo do tipo corte transversal retrospectivo,
que visa estudar pacientes no período da pós-menopausa com diagnóstico
anátomopatológico de pólipo endometrial maligno e pré-maligno, que foram atendidas
no Ambulatório de Ginecologia do Centro Estadual de Oncologia (CICAN) durante o
período de 2009 a 2013. Foram coletados dados por meio da revisão de prontuários e,
dentre as variáveis analisadas no estudo constam: faixa etária, etnia, uso de reposição
hormonal, antecedentes pessoais, antecedentes gineco-obstétricos, presença ou
ausência de sintomas e análise de exames complementares. Resultados: Dentre a
amostra de 73 pacientes com pólipos não benignos 44 (60,3%) sintomáticas, 43
(58,9%) eram hipertensas, , 30 (41,1%) com alta multiparidade. Desta amostra, 35
pacientes apresentavam pólipos malignos, com 8 adenocarcinomas tipo endometrióide
bem diferenciado, e 38 pacientes com lesões precursoras nos pólipos, destas a mais
prevalente com 17 casos foi hiperplasias simples sem atipias. Discussão: A taxa de
malignidade e de pré-malignidade encontrada no estudo está dentro do intervalo
encontrado na literatura. E o sintoma mais frequente na amostra foi sangramento
uterino, presente em mais da metade dos casos de pólipos malignos e pré-malignos,
representando um importante sintoma de malignidade. Conclusões: A taxa de
malignidade em pólipos endometrias em mulheres na pós-menopausa encontrada no
estudo foi de 2,24 % , com perfil clínico da amostra com: 60,31% sintomáticas, idade
média de 63,12 anos e 58,9 % eram hipertensas.