Trabalho de Conclusão de Curso
Variação das médias iniciais de células CD4 e de carga plasmática do HIV-1, em hospital universitário de Salvador (Bahia, Brasil), 2000 – 2012
Fecha
2015-12-10Autor
Pereira, Marcela Fonseca
Institución
Resumen
VARIAÇÃO DAS MÉDIAS INICIAIS DE CÉLULAS CD4 E DE CARGA
PLASMÁTICA DO HIV-1, EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE
SALVADOR (BAHIA, BRASIL), 2000 – 2012
Aproximadamente 38,6 milhões de pessoas no mundo estão infectadas pelo HIV-
1. Os exames de contagem de células CD4 e de carga viral fornecem informações
sobre estado imunológico do indivíduo e replicação viral, respectivamente. O
melhor momento para iniciar a TARV é na fase assintomática e com contagem de
células CD4 elevada. A apresentação tardia aumenta as chances de transmissão do
vírus e de progressão da doença. Este trabalho tem como objetivo determinar a
contagem média de células CD4+ e os níveis de carga plasmática do HIV-1 no
momento da apresentação, em Salvador, entre 2000 e 2012. O estudo foi realizado
no Complexo Hospitalar Professor Edgard Santos com base na revisão de dados
disponíveis no SMART, no SISCEL (Sistema de Controle de Exames
Laboratoriais) ou no prontuário. Os dados foram coletados inicialmente do banco
SMART e posteriormente cruzados com o banco SISCEL. As variáveis do estudo
foram: gênero, ano de apresentação, idade à apresentação, cidade de procedência,
contagem inicial de células CD4 e carga viral inicial. Foi realizada análise
estatística dos dados com auxílio do SPSS Versão 20; com determinação das
frequências; médias, desvio-padrão e intervalo de confiança de contagem inicial de
células CD4, valor de carga viral inicial e de idade à apresentação, estratificadas
por sexo. Foram avaliados 851 indivíduos, sendo 34,2% mulheres e 65,8%
homens. A média de células CD4 da amostra foi 297,47; as médias anuais
variaram de 222,85 (IC95% 172,49; 273,21) em 2010 a 341,79 (IC95% 254,05;
429,54) em 2006. Em todos os anos as médias de células CD4 sugerem uma
apresentação tardia. Não observamos progresso na detecção precoce do HIV-1
para a amostra estudada entre 2000 e 2012. Os resultados sugerem a necessidade
de adoção de medidas que possam contribuir para a evolução do diagnóstico na
população estudada.