dc.description.abstract | TÍTULO: Citocinas inflamatórias em pacientes com Miocardiopatia Chagásica, de
acordo com tratame nto prévio com Benznidazol.
INTRODUÇÃO : A doença de C hagas possui elevada prevalência nos países
latinoamericanos, principalmente no Brasil, que apresenta importantes zonas endêmicas
na Bahia, onde representa um grave problema de saúde pública. A Miocardiopatia
Chagásica (MCC) é de natureza inflamatória, com importante produção de citocinas
pró-inflamatórias do Padrão Th1 e quimiocinas. Ocorre em cerca de 30% dos pacientes
infectados pelo protozoário cerca de 5 a 30 anos após a infecção, com alto risco de
evoluir para Insufic iência Cardíaca (IC) progressiva e morte. Os fatores que determinam
a composição do infiltrado inflamatório e contribuem para a migração e acúmulo das
células inflamatórias dentro do tecido cardíaco na MCC são ainda desconhecidos.
OBJETIVOS : investigar a associação dos níveis de citocinas pro-inflamatórias com
estágio evolutivo da cardiopatia em pacientes com MCC, relacionando com e sem
tratamento com benznidazol. METODO LOGIA: estudo de corte transversal com
pacientes chagásicos. Amostras de sangue dos pac ientes foram usadas para análise
laboratorial dos níveis circulantes de diversas citocinas pró- inflamatórias. Testes
estatísticos foram usados para análise dos dados obtidos e os pacientes foram
estratificados em dois grupos: tratados e não tratados com be nznidazol.
RES ULTADOS : na análise de agrupamento hierárquica, a expressão média de
citocinas/quimiocinas do grupo não tratados tendeu a ser mais baixa. N íveis elevados de
muitos marcadores imunes foram associados ao grupo de tratados, na análise por
regressão multinominal, com diferença estatisticamente significante de alguns destes
marcadores. Interleucina-17 (IL-17) e Fator de Necrose Tumoral- α (TNF-α) foram os
melhores marcadores para distinguir os indivíduos com ou sem tratamento prévio com
benznidazol. CONCLUSÕES : a expressão de citocinas foi maior nos pacientes tratados
com benznidazol, surpreendentemente algumas pró- inflamatórias, principa lmente TNF-
α, mas também em algumas citocinas moduladoras da atividade inflamatória, como IL-
17 e IL-4. O atual estudo torna-se importante por se tratar de uma doença negligenciada
em termos de saúde pública e com pouca investigação científica acerca de alvos
terapêuticos promissores pra impedir a progressão da doença de C hagas. | |