Trabalho de Conclusão de Curso
Prevalência e impacto clínico dos distúrbios mineral e ósseo no pós-transplante renal em um hospital público de Salvador – Bahia (Brasil)
Fecha
2016-02-01Autor
Carvalho, Grazielle Passos
Institución
Resumen
Introdução: O Distúrbio do metabolismo mineral
e ósseo (DMO), secundário à doença renal crônica, é caracterizado por alterações do
cálcio, fosfato, fosfatase alcalina e paratormônio (PTH), no período da diálise. Após o
transplante renal, apesar da recuperação da função renal, a síntese de vitamina D e
excreção do fósforo ainda se encontram alteradas. A manutenção destes distúrbios pode
levar à perda de massa óssea e hiperparatireoidismo secundário. Objetivos: Este estudo
objetiva avaliar a prevalência de DMO e suas principais complicações após o
transplante renal. Métodos: Trata-se de uma coorte retrospectiva com análise de
prontuários médicos ambulatoriais de pacientes transplantados renais do hospital Ana
Neri da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Brasil), no período de 2008 a 2013.
Realizamos análise da prevalência de hipocalcemia, hiperfosfatemia, persistência do
hiperparatireoidismo, insuficiência/deficiência de vitamina D-25OH, uso de vitamina D,
necessidade de paratireoidectomia e da perda de massa óssea após diferentes períodos
do transplante renal e em diferentes estágios de funcionamento do enxerto. Os dados
foram analisados com o auxílio do software Statistical Package for the Social Sciences,
versão 17.0 (Chicago, EUA). Resultados: Demonstra-se a alta prevalência de DMO em
nossa população. Observa-se uma hipercalcemia em 46% dos pacientes, hipofosfatemia
em 73,4% dos pacientes e os níveis de PTH se mantiveram maiores que 70 pg/mL em
19,4% e se observou níveis normais na função metabólica renal para a maioria dos
pacientes. Foi diagnosticado 3,5% e 1,7% dos paciente com osteoporose lombar e
femural, respectivamente, através da densitometria óssea. Discussão: Apesar de elevada
prevalência de hipercalcemia e hipofosfatemia não foi encontrado correlação com a
persistência do hiperparatireoidismo secundário e nem impacto na função renal.
Conclusões principais: Necessita-se de maior número de pacientes e um maior tempo
de acompanhamento destes para avaliar o impacto na sobrevida do enxerto.