Trabalho de Conclusão de Curso
Impacto clínico das alterações histopatológicas no pós- transplante renal: estudo observacional em hospital de referência de Salvador (Bahia, Brasil)
Fecha
2015-11-19Autor
Feitosa, Fernanda Reis
Institución
Resumen
IMPACTO CLÍNICO DAS ALTERAÇÕES HISTOPATOLÓGICAS NO PÓS-
TRANSPLANTE RENAL: ESTUDO OBSERVACIONAL EM HOSPITAL DE
REFERENCIA DE SALVADOR (BAHIA,BRASIL). Introdução: O transplante renal é
uma alternativa de terapia renal substitutiva à DRC. Qualquer disfunção do enxerto
manifestada clinicamente como alterações da filtração glomerular ou do sedimento urinário
são investigados com a necessidade de realização de biópsia do enxerto. Metodologia: O
estudo foi uma coorte retrospectiva, com análise do arquivo de biópsias do Cent ro de
Pesquisas Gonçalo Moniz e prontuários no Hospital Ana Néry de pacientes que realizaram
transplante renal. Resultados: O principal motivo para realização da biópsia foi a alteração da
função renal (75,3%); 95,1% dos doadores foram falecidos; 54,3% dos pacientes eram do
sexo masculino. As alterações histopatológicas, de acordo com a classificação de BANFF 07,
mais prevalentes foram inflamação intersticial (28%), atrofia tubular (27%), fibrose
intersticial (27%) e tubulite (19%). A glomerulopatia foi prevalente em 4,9%. Observou-se
infecção em 9,8% das biópsias. As prevalências de NTA, IFTA, rejeição aguda e rejeição
foram: 56,8%, 39,5%, 48,1% e 40,7%, respectivamente. Nas relações perda de enxertia x
IFTA, perda x NTA e perda do enxerto x rejeição crônica, foi possível observar significância
com qui-quadrado igual a 10,885 e p = 0,012; qui-quadrado 3,705 e p = 0,05 e qui quadrado
3,725 e p = 0,05, respectivamente. Discussão: A presença de IFTA, NTA ou rejeição crônica
foi fator de risco para a perda do enxerto. Conclusão: É necessária a realização de biópsias
protocolares a fim de detectar rejeições subclínicas para que episódios de perda do enxerto
sejam menos frequentes e para melhorar a qualidade de vida do paciente transplantado.