Trabalho de Conclusão de Curso
Avaliação do potencial terapêutico das células-tronco mesenquimais de medula óssea e do meio condicionado em modelo experimental de enfisema pulmonar
Fecha
2015-11-19Autor
Santana Neta, Dulce de
Institución
Resumen
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL TERAPÊUTICO DAS CÉLULAS-TRONCO
MESENQUIMAIS DE MEDULA ÓSSEA E DO MEIO CONDICIONADO EM
MODELO EXPERIMENTAL DE ENFISEMA PULMONAR Introdução: O
enfisema pulmonar (EP) é uma doença respiratória crônica associada a um processo
inflamatório exacerbado em resposta a agentes tóxicos. A medicina regenerativa,
através do transplante de células-tronco mesenquimais (MSCs) e do uso do meio
condicionado (MC), tem apresentado avanços no reparo e regeneração tecidual.
Objetivo: avaliar o potencial terapêutico das MSCs e do MC da cultura destas células
na recuperação funcional e estrutural dos pulmões dos camundongos enfisematosos.
Metodologia: 40 camundongos fêmeas C57BL/6 (Protocolo CEUA 016/2012) foram
avaliados antes e após a indução do enfisema e posteriormente ao tramento, por
eletrocardiografia, ecocardiografia e ergometria. Foi realizado análise morfométrica
através da medida linear intersepto (Lm) e por análise microscópica das células
inflamatórias. A investigação dos possíveis mecanismos de ação na regeneração
tecidual foi feita por avaliação da expressão gênica. A presença de células fluorescentes
no pulmão foi avaliada em microscópio com sistema de epifluorescência. Resultados:
Antes da indução do enfisema, os camundongos foram capazes de percorrer 395,9 ±
15,82 m, após 28 dias os camundongos percorreram uma distância menor (252,4 ±
13,33 m; p<0,001). O tratamento com MSCs aumentou a capacidade de exercício
(318,2 ± 26,96 m; p<0,001), bem como, com o uso do MC (344,45 ± 21,88 m; p<0,01).
O que não foi observado no grupo que foi administrado salina (263,5 ± 26,58 m). Em
relação à Lm, no grupo controle foi mensurado (27,96 ± 0,54 m), no grupo tratato com
salina observou-se um aumento significativo dos espaços aéreos (46,80 ± 0,70 m;
p<0,0001). A Lm foi reduzida (38,70 ± 0,44 m; p<0,0001) nos animais que receberam
MSCs, observando-se o mesmo no grupo tratado com MC (33,75 ± 0,44 m; p<0,0001)
A imunofluorescência revelou a presença de MSCs no tecido pulmonar. Conclusão: O
tratamento com MSCs e MC compensou os efeitos funcionais deletérios do enfisema
induzido por elastase, revertendo o alargamento da estrutura alveolar e promovendo a
recuperação da capacidade de exercício, provavelmente devido a ação parácrina.