Artigo Publicado em Periódico
Microbiota estreptocócica associada com a formação inicial da placa dental
Fecha
2002Registro en:
1677-5090
v.1, n.1
Autor
Almeida, Paulo Fernando de
Franca, Mônica Pereira
Santos, Simone Peixoto
Moreira, Ricardo S.
Tunes, Urbino da Rocha
Almeida, Paulo Fernando de
Franca, Mônica Pereira
Santos, Simone Peixoto
Moreira, Ricardo S.
Tunes, Urbino da Rocha
Institución
Resumen
A identificação e quantificação dos estreptococos que iniciam a colonização
das superfícies dos dentes no biofilme complexo da placa dental, bem
como a compreensão das relações funcionais entre eles e outros membros
são fundamentais para avaliar e, possivelmente, controlar os processos
que essa comunidade inicial desempenha. Placas bacterianas foram
assepticamente removidas de dentes de pessoas sadias e experimentalmente
inoculadas em unidades dentárias esterilizadas e previamente cobertas
com fluido oral estéril. Cada unidade dentária (UD) inoculada foi
incubada a 37°C em uma câmara úmida. Após a formação da placa, a UD
foi colocada em uma solução desagregadora da placa (SD) constituída de
0,1% de água peptonada, 0,1% de Tween 80 e 0,5% de areia calcinada
(p/v). A UD foi submetida sucessiva e progressivamente à agitação em
cinco velocidades controladas. Imediatamente após cada agitação, alíquotas
foram coletadas e diluídas em tampão fosfato estéril, pH 7,2. Após cada
coleta das alíquotas e antes de nova agitação, a UD era lavada em solução
PBS estéril e novamente imersa em nova SD. Experimentos in vivo foram
também efetuados, em unidades dentárias recentemente extraídas, usando
a mesma técnica. Alíquotas das diluições foram semeadas na superfície
de meios apropriados por disseminação usando uma alça de Drigalsky.
As placas foram incubadas a 37°C em anaerobiose por 48 horas, quando,
então, efetuavam-se as contagens total e diferencial das colônias. Cada
tipo colonial era subcultivado e submetido a testes padrões para identificação
bacteriana. De um total de 86 culturas de Streptococcus estudadas,
40,7% foram identificadas como S. sanguis, 37,2% como S. oralis, 8,1%
como S. mutans, 7,0% como S. gordonii e 7,0% como outros estreptococos.
Análises das culturas isoladas da última velocidade de agitação mostraram
que, nos experimentos in vitro, somente S. oralis (66,7%) e S. sanguis
(33,3%) estavam presentes. No experimento in vivo, os S. sanguis (56,5%)
predominaram, seguidos do S. oralis (21,7%), S. mutans (15,2%) e outros
estreptococos (6,5%). Os experimentos efetuados para verificar a capacidade
de adesão de sete culturas dos estreptococos isolados mostraram que
somente uma cepa de S. oralis e uma cepa de S. sanguis aderiram às superfícies dos dentes.