Trabalho de Conclusão de Curso
Evolução do tratamento da retinopatia da prematuridade e o uso de inibidores do fator de crescimento do endotélio vascular como alternativa farmacológica /
Fecha
2015-03-16Autor
Guimarães, Lucas Lobo
Guimarães, Lucas Lobo
Institución
Resumen
Evolução do tratamento da retinopatia da prematuridade e o uso de inibidores do
fator de crescimento do endotélio vascular como alternativa farmacológica
Fundamentação teórica: A retinopatia da prematuridade (ROP) é uma doença
vasoproliferativa secundária a neovascularização inadequada da retina imatura de
recém-nascidos prematuros ou com baixo peso ao nascer, que leva, em alguns casos, ao
descolamento da retina, podendo evoluir para cegueira total em casos mais graves.
Atualmente o tratamento padrão para ROP envolve a fotocoagulação a laser, crioterapia
ou mesmo cirurgias para correção das complicações. Apesar do relativo sucesso e
aceitação destes métodos, existe uma série de riscos de lesões e morbidades
frequentemente associadas a estes procedimentos. Recentemente, tendo em vista a
atuação do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) na patogênese e
manutenção da doença, foi proposto o uso de agentes anti-VEGF, anticorpos capazes de
inibir a ação do VEGF, no tratamento da doença. Metodologia: Realizada revisão
sistemática da literatura científica, sem metanálise, de acordo com metodologia proposta
no protocolo PRISMA e utilizando como base de dados PubMed. Resultados: Através
da utilização da estratégia de busca estruturada foram encontrados 660 estudos. Todos
os artigos encontrados foram submetidos à leitura dos títulos ou resumos segundo
critérios de inclusão e exclusão. Os artigos remanescentes, totalizando um número de 26
estudos, foram então submetidos à leitura na íntegra para coleta e análise de dados.
Discussão e Conclusões: O tratamento da retinopatia da prematuridade tem evoluído
desde a década de 1980 com a publicação do estudo CRYO-ROP, passando por lenta
transição da crioterapia para a fotocoagluação a laser na década de 1990 e, atualmente,
após publicação do estudo BEAT-ROP, evolui em direção a utilização dos fármacos
inibidores do VEGF. A terapia angiogênica possui vantagens indiscutíveis sobre a
terapia convencional, porém ainda existe a necessidade de mais estudos que comprovem
a sua segurança.