Artigo de Periódico
Avaliação perceptivo-auditiva e fatores associados à alteração vocal em professores
Fecha
2011Registro en:
1415-790X
v. 14, n. 2
Autor
Reis, Eduardo José Farias Borges dos
Carvalho, Fernando Martins
Ceballos, Albanita Gomes da Costa de
Araújo, Tânia Maria de
Reis, Eduardo José Farias Borges dos
Carvalho, Fernando Martins
Ceballos, Albanita Gomes da Costa de
Araújo, Tânia Maria de
Institución
Resumen
O professor é um profissional que exige muito de sua voz e, consequentemente, apresenta elevado risco de desenvolver alteração vocal durante o exercício do seu trabalho. Objetivo: Identificar fatores as¬sociados à alteração vocal em professores. Método: Estudo exploratório do tipo corte transversal que investigou 476 professores do ensino fundamental e médio de escolas municipais da cidade de Salvador, BA. Os professores responderam a um questionário e foram submetidos à avaliação fonoau¬diológica perceptivo-auditiva da voz. Para diagnóstico de alteração vocal utilizou-se a escala GRBAS. Resultados: A população do estudo foi composta por 82,8% de mulheres. Os professores do estudo tinham média de idade igual a 40,7 anos, escolaridade supe¬rior (88,4%), jornada de trabalho média de 38 horas semanais, média de 11,5 anos de atuação profissional e renda média mensal de R$ 1.817,18. A prevalência de alteração vocal foi de 53,6% (255 professores). A análise bivariada evidenciou associações estatisticamente significantes entre altera¬ção vocal e idade maior que 40 anos (RP = 1,83; IC 95%; 1,27-2,64), histórico familiar de disfonia (RP = 1,72; IC 95%; 1,06-2,80), carga horária semanal maior que 20 horas (RP = 1,66; IC 95%; 1,09-2,52) e presença de pó de giz na sala de aula (RP = 1,70; IC 95%; 1,14-2,53). Conclusão: O estudo realizado concluiu que os professores com 40 ou mais anos de idade, com histórico familiar de disfonia, com carga horária semanal maior que 20 horas e que lecionam em salas de aula com pó de giz têm maior chance de ter alteração vocal do que os demais.