Artigo de Periódico
Geometria da Valva Mitral Derivada da Ressonância Magnética Cardiovascular na avaliação da Gravidade da Regurgitação Mitral
Fecha
2013Autor
Fernandes, André Maurício Souza
Rathi, Vikas K.
Biederman, Robert W.
Doyle, Mark
Yamrozik, June A.
Willians, Ronald B.
Hedge, Vinayak
Graunt, Saundra
Aras Júnior, Roque
Fernandes, André Maurício Souza
Rathi, Vikas K.
Biederman, Robert W.
Doyle, Mark
Yamrozik, June A.
Willians, Ronald B.
Hedge, Vinayak
Graunt, Saundra
Aras Júnior, Roque
Institución
Resumen
Fundamento: A regurgitação mitral é a doença valvar cardíaca mais comum em todo o mundo. A ressonância magnética
pode ser uma ferramenta útil para analisar os parâmetros da valva mitral.
Objetivo: diferenciar padrões geométricos da valva mitral em pacientes com diferentes gravidades de regurgitação
mitral (RM) com base na ressonância magnética cardiovascular.
Métodos: Sessenta e três pacientes foram submetidos à ressonância magnética cardiovascular. Os parâmetros da valva
mitral analisados foram: área (mm2) e ângulo (graus) de coaptação, altura do ventrículo (mm), altura do coaptação
(mm), folheto anterior, comprimento posterior do folheto e diâmetro do ânulo (mm). Os pacientes foram divididos em
dois grupos, um incluindo pacientes que necessitaram de cirurgia da valva mitral e o outro os que não.
Resultados: Trinta e seis pacientes apresentaram RM discreta a leve (1-2+) e 27 RM de moderada a grave (3-4+).
Dez (15,9%) dos 63 pacientes foram submetidos à cirurgia. Pacientes com RM mais grave tiveram maior diâmetro
sistólico final do ventrículo esquerdo (38,6 ± 10,2 vs. 45,4 ± 16,8, p < 0,05) e diâmetro diastólico final esquerdo
(52,9 ± 6,8 vs. 60,1 ± 12,3, p = 0,005). Na análise multivariada, a área de coaptação foi a determinante mais forte de
gravidade de RM (r = 0,62, p = 0,035). Comprimento do ânulo (36,1 ± 4,7 vs. 41 ± 6,7, p< 0,001), área de coaptação
(190,7 ± 149,7 vs. 130 ± 71,3, p= 0,048) e comprimento do folheto posterior (15,1 ± 4,1 vs. 12,2 ± 3,5, p= 0,023)
foram maiores em pacientes que precisaram de cirurgia da valva mitral.
Conclusões: Área de coaptação, ânulo e comprimento do folheto posterior são possíveis determinantes da gravidade da
RM. Estes parâmetros geométricos podem ser usados para individualizar a gravidade e, provavelmente, no futuro, orientar
o tratamento do paciente com base na anatomia individual do aparelho mitral (Arq Bras Cardiol. 2013;100(6):571-578).