Trabalho de Conclusão de Curso
Frequência de segundas neoplasias após o tratamento para linfoma de Hodgkin: um estudo descritivo e revisão de literatura
Fecha
2013-12-17Autor
Fernandes, Bianca Vargas
Fernandes, Bianca Vargas
Institución
Resumen
Introdução: O tratamento para o linfoma de Hodgkin vem se aprimorando ao longo das décadas com o surgimento de novas modalidades terapêuticas que procuram, além de aumentar as taxas de cura, diminuir a ocorrência de complicações tardias relacionadas à terapia. Entretanto, diversos efeitos adversos ainda acometem os pacientes tratados, sendo um dos principais deles o surgimento de segundas neoplasias primárias. Objetivo: Descrever a frequência de segundas neoplasias primárias após o tratamento do linfoma de Hodgkin. Metodologia: Foi realizada revisão da literatura incluindo estudos de coorte publicados nos últimos 15 anos e que quantificassem o surgimento de segundas neoplasias após o tratamento do linfoma de Hodgkin. Os dados obtidos foram reunidos e analisados. Resultados: Foram encontrados 12 artigos que atendessem aos critérios de inclusão preestabelecidos. Os artigos mostraram acometimento de 1,61% a 10,93% dos pacientes estudados por segundas malignidades. Cinco estudos mostraram predomínio de segundas neoplasias sólidas em relação às leucemias/síndromes mielodisplásicas e linfomas. Discussão e conclusões: A literatura vem destacando a importância da frequência com que ocorrem segundas neoplasias primárias em pacientes tratados para linfoma de Hodgkin, e isso pode ser percebido nos artigos revisados. A alta frequência de neoplasias sólidas é perceptível, mas deve-se lembrar que diversos fatores não avaliados neste estudo também interferem no padrão de surgimento das malignidades, como hábitos de vida, idade e genética. A grande variedade de modalidades terapêuticas também interfere nesse padrão, constituindo fator importante na determinação do tipo de neoplasia que poderá surgir após o tratamento.