dc.contributorTelles, Célia Marques
dc.creatorBessa, Rita Maria Ribeiro
dc.creatorBessa, Rita Maria Ribeiro
dc.date.accessioned2013-05-27T21:30:08Z
dc.date.accessioned2022-10-07T17:33:26Z
dc.date.available2013-05-27T21:30:08Z
dc.date.available2022-10-07T17:33:26Z
dc.date.created2013-05-27T21:30:08Z
dc.date.issued2008
dc.identifierhttp://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11406
dc.identifier.urihttp://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/4009941
dc.description.abstractOs roteiros da Carreira da Índia e da Carreira do Brasil, traduzidos pelo holandês J. H. van Linschoten, são fundamentais para facilitar a expansão marítima européia no século XVI para as Índias Orientais. Os Países Baixos, a Inglaterra e a França ambicionavam a conquista destas rotas que permitiria pôr fim ao monopólio comercial lusitano e espanhol nas Índias. Os roteiros selecionados como corpus desta pesquisa são escritos em francês médio e foram publicados em Le grand routier de mer (1610). O discurso destes roteiros é constituído por enunciados que trazem orientações das rotas, descrições sobre os locais e sinais encontrados no caminho para as Índias e, sobretudo, advertências.Trata-se de uma obra cuja fidedignidade aos originais portugueses já foi comprovada e que reúne, ao lado das informações dos roteiros portugueses que chegaram às mãos de J. H. van Linschoten, aquelas informações que ele acrescentou a partir de sua experiência na Índia, ao lado de portugueses e espanhóis. É feita a análise da variante lingüística na qual são estruturados, a saber, o francês médio cujos limites são pontuados entre os séculos XIII e XVI. O francês médio apresenta-se como uma língua em fase de mudanças. Ele caracteriza ainda o momento de busca da afirmação e da unidade da língua francesa como idioma nacional. Os textos franceses dos Roteiros da Carreira da Índia e da Carreira do Brasil são uma fonte rica em fatos característicos deste momento do idioma. A partir de alguns fatos lingüísticos encontrados e da relevância atribuída ao eu que nos roteiros se refere ao piloto-autor e ao tradutor, adotam-se pressupostos que permitem uma nova leitura das marcas pessoais e que concebem a língua como o resultado da ação do falante enquanto sujeito histórico, social e circunstancial. A teoria da dêixis e a teoria da enunciação elucidam, inicialmente, o referente do Je (eu) no discurso dos roteiros, no caso, o tradutor, como também, o seu alocutor (vous). Porém, as análises concernentes à ocorrência da marca Je relativa ao piloto e as demais marcas lingüístico-discursivas que são deixadas no discurso dos roteiros pelo sujeito são examinadas segundo os pressupostos teóricos da escola francesa de análise do discurso, sobretudo, a partir das idéias de S. Possenti. Nesta perspectiva, sujeito e discurso são indissociáveis do contexto sócio-histórico e circunstancial, como também, da noção de atividade e de escolha do sujeito no processo de construção dos sentidos. Conclui-se, de acordo com os fatos encontrados nos roteiros e de acordo com a proposta de S. Possenti, que o sujeito de Le grand routier de mer é o sujeito-tradutor que assume diversas faces, a saber, sujeito-de-direito-tradutor-espiãoautor e que age sobre o material lingüístico para, através de seu discurso, facilitar a conquista das rotas para as Índias.
dc.languagept_BR
dc.publisherPrograma de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFBA
dc.subjectRoteiros de navegação do século XVI
dc.subjectFrancês médio
dc.subjectDiscurso
dc.subjectDêixis
dc.subjectCondições de produção
dc.subjectSujeito
dc.subject16th century Portuguese itineraries
dc.subjectMiddle french
dc.subjectDiscourse
dc.subjectSocialhistorical and circumstantial context
dc.subjectSubject
dc.titleAs faces e as marcas do sujeito em Le grand routier de mer.
dc.typeTese


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