Trabalho de Conclusão de Curso
Doenças pulmonares intersticiais relacionadas ao fumo: avaliação de achados clínicos, radiológicos e anatomopatológicos
Fecha
2013-12-16Autor
Silva, Pábio João Viana
Institución
Resumen
O tabagismo está associado a uma variedade de efeitos sistêmicos no organismo humano, principalmente no pulmão. O fumo é considerado a principal causa de câncer de pulmão e o principal fator de risco para o desenvolvimento de doença pulmonar obstrutiva crônica. A relação de causa-efeito entre a fumaça do cigarro e as doenças pulmonares intersticiais, mais recentemente descritas tem sido muito estudada. Objetivo: descrever as principais doenças pulmonares intersticiais relacionadas ao fumo e analisar a importância da abordagem clínico-radiológico-patológica no exercício do diagnóstico diferencial desse grupo de doenças. Metodologia: O estudo comportou em uma revisão bibliográfica, documental e descritiva, predominantemente, de periódicos na base de dados MEDLINE, SCOPUS e SciElo. Foram utilizadas palavras-chaves em português e seus respectivos correspondentes em inglês/espanhol. Os critérios de inclusão foram: publicações dos últimos cinco anos e que tivessem como objeto de estudo as doenças pulmonares intersticiais relacionadas ao fumo. Foram excluídas publicações que não focassem o objeto de estudo; Relato de caso; estudos que não abordassem as características clínicas, epidemiológicas, radiológicas e anatomopatológicas; e estudos sem correlação direta com as doenças pulmonares intersticiais. Resultados: As principais doenças pulmonares intersticiais mais associadas ao tabagismo são: bronquiolite respiratória associada à doença intersticial pulmonar, pneumonia intersticial descamativa, histiocitose pulmonar de células de Langerhans e combinação de fibrose com enfisema pulmonar, esta última cada vez mais descrita como uma entidade distinta em fumantes. Conclusão: as doenças intersticiais pulmonares relacionadas ao fumo são pouco diagnosticadas e atingem principalmente adultos jovens em idade produtiva. O diagnóstico dessas doenças requer uma abordagem integrada entre a clínica, radiologia e anatomopatologia.