Trabalho de Conclusão de Curso
Abscesso esplênico: análise secundária de dados, de critérios clínicos e diagnósticos
Fecha
2013-05-04Autor
Matos Segundo, Antonio Carlos
Matos Segundo, Antonio Carlos
Institución
Resumen
Abscesso esplênico: análise secundária de dados, de critérios clínicos e diagnósticos [Antonio Carlos de Matos Segundo]. Abscesso esplênico é entidade pouco frequente, e também com poucos casos descritos na literatura mundial, de diagnóstico clínico desafiador mesmo na atualidade com avançados métodos de imagem. Por sua vez, alterações no estilo de vida e avanços tecnológicos na área médica têm contribuído para aumento do número de pacientes imunocomprometidos, com consequente aumento do número de casos de abscesso esplênico e mudanças na apresentação clínica clássica dessa doença. Isso justificou objetivo principal deste estudo, de rever na literatura os casos publicados após introdução à prática clínica da tomografia computadorizada. Métodos: Foram coletados dados de casos de abscesso esplênico publicados na literatura inglesa, espanhola ou portuguesa entre janeiro de 2000 a novembro de 2012, posteriormente esses dados foram analisados. Resultados: No período estudado, foram selecionados 91 casos de abscesso esplênico, e entre esses, imunossupressão (de diversas causas, associadas ou não ao diabetes melittus), foi principal fator associado (60,9%), sendo seguida pelas infecções metastáticas ou por contiguidade (32,8%). Foi pouco específica tríade clínica clássica (febre, dor no quadrante superior esquerdo e massa abdominal palpável), e em 47,9% dos casos foi descrita esplenomegalia. A tomografia computadorizada e a ultrassonografia de abdômen apresentaram sensibilidades idênticas, de 100%. Entre agentes etiológicos isolados, bactérias do gênero Salmonella (n=15) foram mais frequentes, seguidas pelo Mycobacterium tuberculosis (n=10), Staphylococcus sp. (n=10) e Streptococcus sp. (n=9). Conclusão: Número de casos de abscesso esplênico tem aumentado nos últimos anos pela maior disponibilidade dos métodos diagnósticos de imagem, mas também pelo aumento de pessoas imunocomprometidas, as quais apresentam variações de características clássicas que demandam novos estudos.