Dissertação
Vivência da responsabilidade da enfermeira no cuidado ao paciente crítico na UTI.
Fecha
2013-05-02Autor
Lima, Ana Clara Barreiros dos Santos
Lima, Ana Clara Barreiros dos Santos
Institución
Resumen
Este estudo é resultado das várias inquietações que surgiram em minha existência como
estudante frente à prestação de cuidados de enfermagem. Em relação à responsabilidade da
enfermeira no cuidado ao paciente crítico surgiram ao longo dos 10 anos de experiência em
unidade de terapia intensiva adulto, onde senti a necessidade de buscar a compreensão da
vivencia da responsabilidade das enfermeiras nesse contexto. Trata-se de estudo qualitativo
com abordagem humanista, existencial e personalista, utilizando como método a
fenomenologia. Teve como objeto vivência da responsabilidade da enfermeira no cuidado ao
paciente crítico na UTI e objetivou compreender a vivência da responsabilidade da enfermeira
no cuidado ao paciente crítico na UTI. A coleta de dados foi realizada num hospital público
da cidade de Salvador, através da entrevista fenomenológica com quatorze enfermeiras de
duas unidades de terapia intensiva adulto, uma geral e outra cardiológica. Através da análise
dos depoimentos das colaboradoras emergiram as categorias: Revelando a responsabilidade
pelo cuidado ao paciente crítico na UTI; Desvelando a vivência da responsabilidade
profissional da enfermeira na UTI; Ressignificando a responsabilidade da enfermeira na
maneira de cuidar do paciente crítico; Desvelando o compromisso profissional da
enfermeira com o cuidar do paciente crítico na UTI; Desvelando o contexto em que se
concretizam as relações interpessoais e multidisciplinares da vivência da
responsabilidade e compromisso profissional. Para compreensão dos significados dos
discursos dos colaboradores utilizou-se a Análise Existencial de Viktor Frankl, e foi feita uma
readaptação do modelo de Giorgi, já adaptado por Vietta, o que possibilitou a compreensão da
vivência da responsabilidade da enfermeira no cuidado ao paciente crítico na UTI, onde
revelaram o fenômeno em estudo através da consciência da responsabilidade e importância da
assunção do compromisso, valorizando o cuidado tridimensional, e apesar do sofrimento
diante das condições de trabalho na UTI, sobrecarga emocional, do grau de responsabilidade a
que ficam sujeitas, indignação com o agir do outro e da desvalorização profissional, existe a
superação através do sentido do trabalho exercido livremente, com vistas à preservação da
autonomia e recuperação do paciente.