dc.description.abstract | Este estudo tem por finalidade investigar o processo de desenvolvimento urbano implementado pelos grupos de elite da cidade da Bahia durante a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX, permitindo compreender a configuração da cidade no início do século XXI. Tal processo foi impulsionado por um discurso modernizador que procurou efetivar, mediante uma política de controle social, a prevenção de enfermidades, a intervenção na estrutura física da cidade e a implantação da campanha de normatização para o uso pelos habitantes da cidade tanto do espaço público quanto privado, em especial, pelas camadas populares. Tem início, então, a produção do espaço capitalista que acontecia por intermédio de novas relações sociais, no movimento da vida, da natureza e da artificialidade, principalmente, no processo de construção de representações sobre os domínios do espaço citadino, constituindo, portanto, uma ferramenta essencial para os pensamentos e as ações voltados à produção e reprodução do capitalismo. Além de meio de produção, o espaço também constitui meio de controle, dominação e poder. A produção do espaço urbano na cidade da Bahia, a exemplo de outras cidades brasileiras e européias, seguia cada vez mais um parâmetro de segregação social, em que os grupos de elite, impulsionados pelo discurso de modernização, determinavam sua conformação, excluindo abertamente as camadas populares. | |