Trabalho de Conclusão de Curso
A acumulação de reservas internacionais como redutor do risco do pecado original e da intolerância à divida
Fecha
2011Autor
Martinez, Tomás Rodriguez
Martinez, Tomás Rodriguez
Institución
Resumen
Nesta monografia estuda-se a acumulação das reservas internacionais, contextualizando com a teoria do pecado original e da intolerância à dívida. Na última década, os países emergentes demonstraram clara tendência ao acumulo de reservas internacionais. Isto ocorreu porque a vulnerabilidade existente nestes países estava associada à volatilidade de suas respectivas taxas de câmbio e a reversões no fluxo de capital. O risco em ter passivos em moeda estrangeira e ativos em moeda nacional é conhecido como descasamento de moedas. Parte-se do pressuposto que o descasamento de moedas é causado pelo pecado original, a inabilidade do país em endividar-se em sua própria moeda. As causas do pecado original estão pautadas nos custos de transação existentes para a formação do portfólio global e da existência de uma hierarquia de moedas no plano internacional. Contudo, a teoria da intolerância a dívida tem outra explicação para a fragilidade financeira. Contesta-se que a insustentabilidade da dívida depende do histórico de pagamento e transparência nas políticas econômicas. A hipótese deste trabalho é que a acumulação de reservas representa a proteção ao risco do pecado original e da intolerância à dívida. Para tanto, revisa-se a literatura do pecado original e da intolerância a dívida, e contextualiza-se com a teoria das reservas internacionais ótimas. Para ilustrar as conclusões, analisa-se também o caso Brasileiro. Para isso, utilizam-se as séries históricas do Banco Central e Ipeadata sobre reservas, dívida externa, M2 e risco de curto prazo. Conclui-se que as reservas reduzem o descasamento de moedas, mas não necessariamente o pecado original.