dc.description.abstract | No contexto das prefeituras de pequenas cidades do interior baiano, procura-se aqui
identificar condições que podem favorecer o uso da informação, em nível estratégico.
Essas prefeituras têm encontrado grandes dificuldades em usar a informação com fins
estratégicos, apesar dos incentivos financeiros e técnicos providos por outras esferas
do poder público e por agentes financiadores internacionais. O uso de sistemas de
informação em nível operacional, e até no nível tático, já é de certa forma corriqueiro
em organizações de todo tipo, seja da iniciativa privada ou do Poder Público.
Contrariamente, os sistemas estratégicos de informação, concebidos para subsidiarem
a tomada de decisão, dependem muito mais da adoção de um modelo gerencial de
administração pública, do grau de informatização, da atitude dos gestores e da cultura
organizacional. Defende-se aqui, que a cultura organizacional é o fator que pode
oferecer maior resistência ao uso estratégico da informação, embora ela seja moldável
a partir de um reposicionamento dos administradores e da adequação do estilo de
gerenciamento da informação. Dados colhidos nos municípios que compuseram o
conjunto estudado de prefeituras demonstram que, as metodologias de planejamento
estratégico e os preceitos da inteligência organizacional, mesmo aqueles concebidos
originalmente para o ambiente da iniciativa privada, são aplicáveis nas administrações
públicas municipais. A compreensão destes fatores permitirá à administração promover
as desejadas mudanças de forma mais racional e objetiva e, quiçá, tornarem-se úteis
no desenvolvimento de novas práticas gerenciais. | |