dc.description.abstract | Este trabalho investiga o campo de enunciação da dança contaminado à performance e às artes visuais, por meio de estratégias artísticas compositivas híbridas que enunciam imagens e discursos do corpo. Pelo conceito do fazer-dizer do corpo – ideia associada à performatividade em dança (SETENTA, 2008) – propõe-se que o campo ampliado da dança produz um discurso próprio – um discurso do corpo. Trabalha-se com a ideia da imagem do corpo enquanto ação (MACHADO, 2007), considerando que o discurso do corpo enuncia imagens em ações, ideias e pensamentos num fazer artístico performativo. Sob o contexto da tradução cultural (BHABHA, 2007) – processo comunicacional performativo – observa-se como a ação artística contemporânea é capaz de subverter estratégias artísticas compositivas tradicionais e inaugurar outras, à medida que se interessa na ressignifição de imagens e discursos do corpo. Para análise, foram selecionadas obras artísticas que estabelecem um diálogo entre a contemporaneidade e a tradição flamenca, situadas entre a dança, a performance e as artes visuais. São elas: ―Solo‖, de Israel Galván (Espanha), ―Non‖, de Yalda Younes (Líbano) e ―Prohibido el cante‖ e ―Dancing Dolls‖, de Pilar Albarracín (Espanha). Paralelamente, foi desenvolvido o espetáculo Desplante, como um campo de experimentação das questões teóricas levantadas no que diz respeito ao deslocamento da tradição flamenca num diálogo com a arte contemporânea. | |