Artigo de Periódico
Papel da lidocaína por via venosa no tratamento da dor na esclerodermia. Relato de caso
Fecha
2003Registro en:
0034-7094
v. 53, n. 6.
Autor
Kraychete, Durval Campos
Guimarães, Ana Cristina
Carvalho, Maria Goreth
Carvalho Filho, Edgar Marcelino de
Kraychete, Durval Campos
Guimarães, Ana Cristina
Carvalho, Maria Goreth
Carvalho Filho, Edgar Marcelino de
Institución
Resumen
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A esclerodermia ou esclerose sistêmica progressiva é uma doença sistêmica do tecido conjuntivo, de causa desconhecida, que costuma cursar com microangiopatia, isquemia de extremidades e dor intensa. O objetivo deste relato é descrever um caso do emprego de lidocaína por via venosa no tratamento da dor no curso de isquemia e enfatizar a possível ação antiinflamatória dos anestésicos locais nos pacientes com esclerodermia.
RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 34 anos, auxiliar de enfermagem, portadora de esclerodermia há aproximadamente 8 anos, apresentava dor de elevada intensidade (escala numérica =10) nos membros superiores e inferiores, contínua, diária, acompanhada de alterações tróficas, da cor e da temperatura e pequenas úlceras nas extremidades. A paciente foi submetida a uma sessão semanal de lidocaína a 2% (400 mg) sem vasoconstritor por via venosa durante 10 semanas com alívio da dor, do turgor, da elasticidade da pele e da perfusão periférica.
CONCLUSÕES: O alívio da dor e de outros sintomas após a administração de lidocaína por via venosa sugere que os anestésicos locais podem modular a resposta inflamatória em vários estágios da esclerodermia.