Artigo de Periódico
Avaliação da mobilidade do colo vesical com ultra-sonografia via vaginal em mulheres com perda de urina aos esforços
Fecha
2000Registro en:
0100-7203
v.22, n.6
Autor
O'Dwyer Junior, Edson
O'Dwyer Junior, Edson
Institución
Resumen
Introdução: A queixa de perda de urina aos esforços é freqüente em nosso meio, e o diagnóstico, na maioria das vezes, é feito baseado apenas em critérios clínicos, levando a um índice elevado de falha terapêutica. A ultra-sonografia (USG) vem sendo recomendada para avaliar a mobilidade do colo vesical em mulheres com queixa de perda de urina aos esforços, entretanto seu uso não é consensual.
Objetivos: Avaliar a posição do colo vesical em repouso e ao esforço, com USG via vaginal, em mulheres com queixa de perda de urina aos esforços. Avaliar diferenças na mobilidade do colo vesical entre mulheres com queixa de perda de urina aos esforços e com diferentes diagnósticos por estudo urodinâmico.
Desenho do estudo: Estudo descritivo com 39 pacientes com queixa de perda de urina aos esforços, matriculadas no Ambulatório de Uroginecologia do Hospital Universitário Prof. Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia, entre outubro de 1997 e setembro de 1999.
Material e métodos: Trinta e nove pacientes com queixa de perda de urina aos esforços foram submetidas a anamnese, exame físico, avaliação da mobilidade do colo vesical com ultra-sonografia via vaginal e a estudo urodinâmico. Além da avaliação da posição e da mobilidade do colo vesical, foi feita comparação entre as medidas da USG e os diferentes diagnósticos urodinâmicos.
Resultados: Das 39 pacientes, 4 tiveram avaliação ultra-sonográfica inconclusiva devido a anormalidades anatômicas. As medidas da distância do colo vesical ao limite inferior da sínfise púbica foram + 0,85 mm repouso e - 10,70 mm ao esforço, com deslocamento de 13,45 mm. Não houve diferença estatisticamente significante quando se comparou a posição e a mobilidade do colo vesical entre mulheres com diferentes diagnósticos urodinâmicos.
Conclusões: Neste estudo a mobilidade do colo vesical em pacientes com incontinência urinária correspondeu à relatada na literatura. Não houve diferença na posição e na mobilidade do colo vesical entre pacientes com queixa de perda de urina aos esforços e diferentes diagnósticos urodinâmicos.